terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A ARTE DE ATUAR

O ATOR E A VOZ

Quando se pensa em teatro, logo se pensa em ator. Quando se pensa em ator, logo se pensa em uma boa interpretação. Mas, uma boa interpretação depende de um conjunto de fatores que precisam funcionar em perfeita harmonia.  E dentre esses fatores, um é por muitas vezes deixado em segundo plano: a voz.
A voz é tão ou mais importante que um gesto feito no momento certo, que um olhar preciso, que um silêncio cênico certeiro. Um ator que não consegue unificar sua voz a sua interpretação, tem sérios problemas, que interferem e acabam por desqualificar sua interpretação. A voz é o principal instrumento de um ator e muitos nem percebem isso.
Muitos ficam mais preocupados com o modo em que a sua personagem se senta, como ela se veste, com ela anda e até como ela fala. Acontece que ele, enquanto ator, por muitas vezes, se esquece de educar a sua voz. Articular corretamente as palavras e impostar a sua voz projetando-a por todo teatro, fará que o espectador, sentado na última fileira, entenda as ações e as reações da sua personagem.
De nada vai adiantar frequentar ás aulas de um curso de teatro, se aplicar nas aulas de interpretação, estudar as teorias, ler os textos e saber decorá-los, se na hora de colocar a voz, você não for capaz de pronunciar uma só palavra. A voz precisa e deve ser treinada diariamente. Existem muitos exercícios para isso. Todos podem parecer cansativos, mas são altamente necessários.
Precisa-se aprender a respirar com precisão, educar o diafragma para que se possa colocar a voz de uma maneira correta e audível, exercitar até a exaustão a articulação das palavras. E tudo isso não precisa ser feito nos ensaios, ou nas aulas de teatro, pode ser feito em casa, enquanto está estudando o texto, ou até quando se está curtindo o ócio.
Quem quer fazer da profissão de ator o seu serviço para Deus, precisa estar disposto a enfrentar muitas dificuldades e isso não se resume apenas aos ensaios exaustivos e as dificuldades de se produzir um espetáculo. Um ator tem que está preocupado com todos os detalhes e se preocupar com a sua voz, é uma das coisas mais importantes com que ele tem que se preocupar.
Portanto, exercite a sua voz, tão ou mais que a sua interpretação, pois se não for capaz de transmitir através da sua voz o que o seu personagem quer dizer, de nada vai valer todo o esforço que você levou para compor a sua personagem.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A ARTE DE ATUAR


Jogos teatrais com objetos
Ponto de partida
Os jogos teatrais são excelentes ferramentas pelas quais podemos desenvolver em nossos alunos o gosto pela exposição de fatos narrativos, além do domínio da técnica pela exposição de seminários que versem sobre qualquer assunto, inclusive de outras disciplinas.
Objetivos
1) Levar os alunos ao domínio da modalidade oral da língua culta.

2) Desenvolver a rapidez de raciocínio.

3) Capacitar os alunos para a exposição oral de narrativas, bem como de seminários em qualquer disciplina.

4) Iniciar o desenvolvimento da habilidade oratória.
Estratégias
1) Peça aos alunos que tragam de casa um objeto pessoal que gostem muito, desde de que não seja um objeto de grande valor e que tenha tamanho suficiente para caber numa caixa ou num saco de médio porte, que você irá providenciar.

2) Peça para cada um falar um pouco sobre a importância daquele objeto em sua vida.

3) Em seguida, peça aos alunos que depositem os objetos na caixa ou no saco, que por sua vez, deve ser colocado no centro da sala. Se for possível, leve-os para uma área mais ampla, como o pátio ou a quadra poliesportiva da escola.

4) Peça aos alunos que se sentem em círculo em volta da caixa ou saco.

5) O professor (no papel de coordenador) iniciará uma narrativa oral qualquer, que todos deverão ouvir atentos.

6) Num dado momento, no meio dessa história, o coordenador irá parar de narrar.

7) Em seguida escolherá um aluno (já no papel de jogador) que se levantará e irá se dirigir até o centro do círculo, e sem olhar para dentro da caixa ou saco, irá retirar de lá um objeto que deverá ser introduzido por ele nessa narrativa que foi iniciada pelo coordenador. A história deverá ser, daquele momento em diante, desenvolvida por ele até uma segunda ordem do coordenador.

8) Mediante ordem do coordenador, outro jogador (aluno) será escolhido para ir ao centro do círculo, retirar outro objeto, e da mesma forma que o primeiro, dar continuidade à narrativa até que o coordenador escolha outro, e assim por diante. De modo que todos os jogadores participem da narrativa oral, que será construída socialmente.
Observação
Uma das regras mais importantes desse jogo é que, durante a exposição de cada jogador, o objeto que ele colheu na caixa, obrigatoriamente, deverá ser introduzido na história.
Comentários
Excelente exercício para desenvolver as habilidades da modalidade oral da língua culta, este jogo poderá ser incrementado com novas regras a cada partida, com o intuito de atingir um novo grau de dificuldade.

Por exemplo: numa outra rodada, exija do jogador que dará continuidade à narrativa que ele inicie sua fala utilizando a última palavra dita pelo jogador anterior.

Progressivamente coloque como regra a proibição do uso excessivo de "muletas" lingüísticas tais como: "aí", "aí, né", "então, né", "tipo assim" etc. Em substituição, oriente os jogadores (alunos) a utilizarem expressões como: "neste momento", "nesta altura", "dali alguns minutos", "...algumas horas decorridas deste fato", "dali a pouco", "de repente", "quando de repente" etc.
Observação
É sabido que o "né" (contração de não é) é um marcador conversacional de uso muito comum na modalidade falada da língua. Sendo assim, seria aparentemente contraditório pedir aos alunos que, na exposição oral da narrativa, o substituísse por outra expressão. Todavia, essa aparente contradição se dissipa se levarmos em conta que a atividade proposta inclina-se muito mais para a elaboração de textos formais, de criação literária, enquanto que o uso do marcador conversacional "né" é encontrado com maior freqüência em atividades lingüísticas cotidianas mais espontâneas, tais como a conversação entre amigos, ou seja, em situação de uso menos formal.
Fonte:http://educacao.uol.com.br/planos-aula/jogos-teatrais-com-objetos.jhtm