quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A ARTE E A UNÇÃO



“Eu não entendo um Deus assim tão louco de amor por mim”

Me escolher, já começa por ai, Doido, doido e pirado de amor, que só sabe fazer uma única coisa, AMAR. Mais eu, Marcel, deve ser loucura???? Não, confiança, além do mais que Deus nunca foi o cara de dizer faça, mas sempre disse vem fazer comigo!!!
Se Ele vem não o deixe sentado na platéia apenas assistindo, abuse de Sua presença, tenha a ousadia de convidá-Lo a entrar em cena com você, enfim devemos deixar Deus agir, essa é a ordem que me guiou por todo esse tempo a frente das Artes, e me leva a lugares mais distantes, tudo acontece no permitir, no se esvaziar de si mesmo, daquilo que acredita fazer, para se preencher de Deus e deixá-Lo fazer.
 Em várias vezes não é a unção que é pouca ou a graça que foi pequena ou a misericórdia que não foi completa, mais é o quanto permitimos que Deus faça. Solicitamos que o Espírito venha, porque sozinho eu não posso mais, mas quando Deus vem com tudo, sentimos medo (se eu não conseguir ou errar ou todos rirem) ou pior, não O deixarmos fazer conosco (manda que eu faço, sou D++++) ou limitamos a Sua ação (Manda Seu Espírito de forma bem calma, pacífica, devagar, espere aí por ai não), não, não, não, Vem com tudo Senhor, vem como uma onda quebrado em mim, eu te convido a pular sobre mim, dessa forma.
Deus é fiel, aquilo que pedimos, se é do Seu desejo Ele nos concede, se é para evangelizar então vamos, deixa Deus fazer, realizamos o possível, o impossível deixa pra Deus, passa a bola pra Ele, não passe segurando um lado, entrega tudo.
Percebemos o quão maravilhoso é a ação de Deus, no TENHA FÉ volume 2 (C.O.R/2012), foi assim porque permitirmos, entregamos e deixamos ele tomar a rédeas das coisas. Mas não podia deixar de verificar o quanto cada vez mais é difícil atrair os jovens lembro de Pe Zezinho “são muitos os convidados, quase ninguém tem tempo”.
“Mas se tiveres a fé do tamanho de grão de mostarda, dirá a montanha saia daí e vá para lá, e assim acontecerá”
Amigos, eis as nossas “montanhas”, os jovens...lutemos até o último instante e acreditemos N’aquele que nos escolheu, e assim jovens retornaram, voltaram os seus olhares para o Criador, e serão marcados como nós, pela Artes Sacras, ta difícil, TENHA FÉ. Por isso não podemos para de ensaiar, praticar, estudar, criar e tudo mais, devemos aperfeiçoar o nosso DOM, recheando-o de espiritualidade. Mas levantar montanhas é difícil, é pesado, eu não consigo, não assim não cara, você não é o cristão guiné que fica só na oração: “Tô fraco, Tô fraco, Tô fraco”.
Você é o Cristão jogador de futebol, que nem domina a bola e já toca pra Jesus, lembra: “Se Tua mão me segurar eu correrei até voar, subirei apoiado em Ti” é dessa forma, ta difícil ou impossível, entrega a Deus, E DEIXE ELE AGIR!!!!!!!!!!!! Juventude me aguarde, porque vou chegar surfando na onda do Senhor, se prepare que o caldo vai ser completo.
Marcel Almeida
Coordenador do Ministério de Artes Vida Nova

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ESTUDO BÍBLICO

ESTUDO HISTORIOGRÁFICO DA BÍBLIA

Olá amigos leitores, estou de volta com algumas perguntas e respostas sobre a época de Jesus. Para isso, tive que ler cinco importantes livros do Mundo Antigo: A Bíblia Sagrada, Flavio Josefo (Historia dos Hebreus), Eusébio de Cesaréia (História Eclesiástica), Suetônio (A Vida dos doze Césares e Heródoto.
Espero que consiga esclarecer muitas dúvidas entre os cristãos católicos. Devo lembrar que as resposta serão tiradas de fontes históricas. Vamos começar? 
 
1) POR QUE OS QUATRO EVANGELISTAS NÃO MENCIONAM A DATA DE ANIVERSÁRIO DE JESUS CRISTO?
Resposta: “A Lei não permite mesmo no dia em que se soleniza o nascimento das crianças fazer festas, de receio de se dar motivos a embriaguez” (FLAVIO JOSEFO, História dos Hebreus, p.1484).
OBS: Os judeus não valorizavam esse costume de celebrar o dia natalício. E é provável que esse fosse o motivo dos evangelistas não deram importância à datação do nascimento de Jesus Cristo.
2) É POSSÍVEL, MARIA TER PERMANECIDO VIRGEM NO SEU CASAMENTO COM JOSÉ? A RESPOSTA É SIM!
Resposta: “Se uma donzela, que se encontre ainda na casa do seu pai, fizer um voto ao Senhor, ou se impuser uma obrigação, e seu pai, tendo conhecimento do voto que ela fez ou da obrigação que tomou, nada disse, todos seus votos e suas obrigações serão válidos. (...) Se na ocasião de seu casamento ela estiver ligada por algum voto ou compromisso (...) e seu marido guardar silêncio até o dia seguinte, com isso ratifica todos os seus votos e todos os seus compromissos; e os ratifica porque nada disse no dia em que deles teve conhecimento” (NÚMEROS 30, 4;14).
OBS: A Lei de Moisés é bem clara. Se uma donzela prometida em casamento fizesse qualquer voto (castidade); e o marido aceita tranquilamente, a esposa poderá viver o seu compromisso. Agora devo salientar que tanto o pai ou marido, tinha o poder de desfazer voto da jovem esposa.
3) A DECISÃO DE JOSÉ DE REJEITÁ-LA SECRETAMENTE SUA ESPOSA. O QUE ISSO ACARRETARIA A MARIA, MÃE DE JESUS? (MT 1,19)
Resposta: “Se um homem, tendo escolhido uma mulher, casar-se com ela, e vier a aborrecê-la por descobrir nela qualquer coisa inconveniente, escreverá uma letra de repudio, lha entregará na mão, e a despedirá de sua casa” (DEUTERONÔMIO 24,1).
OBS: Maria fosse repudiada por José, ela poderia dar-se em casamento com outro homem. Vale ratificar que a Lei Judaica permitia essa prática do divórcio.
4) MAS, SE JOSÉ ACUSA-SE MARIA DE ADULTÉRIO. O QUE ACONTECERIA COM ELA? (MT 1,19). A Lei é clara!
Resposta: “Se, porém, o fato for verídico e não se tiverem comprovado as marcas de virgindade da jovem, esta será conduzida ao limiar da casa paterna, e os habitantes de sua cidade a apedrejarão até que morra, porque cometeu uma infâmia em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai” (DEUTERONÔMIO 22,20-21)
5) A MULHER SAMARITANA DISSE: “NOSSOS PAIS ADORARAM NESTA MONTANHA, MAS VÓS DIZEIS: É EM JERUSALÉM QUE ESTÁ O LUGAR ONDE É PRECISO ADORAR” (JO 4, 20). AGORA VEM A PERGUNTA, QUAL MONTANHA QUE A SAMARITANA ESTAVA FALANDO?
Resposta: Judeus fizeram contínua guerra aos samaritanos, porque nem uns nem outros queriam deixar os seus costumes. Os de Jerusalém sustentavam que somente o Templo de Jerusalém era santo e que não se deviam fazer sacrifícios em outros lugares. Por outro lado, os samaritanos sustentavam que era necessário oferecê-lo no monte Gerizim (FLAVIO JOSEFO, História dos Hebreus, p.538).
6) A ORIGEM OS SAMARITANOS?
Resposta: O rei da Assíria mandou vir gente de Babilônia, de cuta, de Ava, de Emat, de Sefarvaim, e pô-la em lugar dos israelitas nas cidades da Samaria. Estes colonos tomaram posse da Samaria e instalaram-se em suas cidades (II Reis 17,24).
7) A BÍBLIA MENCIONA O NOME DE TRÊS FILHOS DE HERODES, O GRANDE: ARQUELAU (MT 2,22), HERODES ANTIPAS E FILIPE (LC 3,1). AGORA VEM A PERGUNTA. SÓ ERAM ESSES OS FILHOS DE HERODES? A RESPOSTA É NÃO!
Resposta: Herodes teve dez esposas e quinze filhos. A primeira foi Doris, mãe de Antipatro. A segunda foi Mariana, e dela teve cinco filhos, isto é, duas filhas Salampso e Cipro, e três filhos Aristóbulo e Alexandre, o mais jovem morreu em Roma. A terceira foi Mariana, filha de Simão, sumo-sacerdote e dela tiveram um filho de nome Herodes (marido de Herodíades). A quarta era filha de seu irmão. A quinta era sua prima-irmã e não tivera filhos nem de um nem de outra. A sexta era Maltacé, era samaritana e dela tivera dois filhos, Arquelau e Antipas, e uma filha de nome Olimpia. A sétima, chamada Cleópatra, era de Jerusalém e dela tivera dois filhos, Herodes e Filipe. A oitava chamava-se Pallas, dela tivera um filho de nome Fazael. A nona chamava-se Fedra e dela tivera uma filha de nome Roxana. A décima chamava-se Elpídia, da qual tivera uma filha chamada Salomé (FLAVIO JOSEFO, História dos Hebreus, p.783 e p.1067).
8) QUEM ERA A FILHA DE HERODÍADES QUE DANÇOU PARA HERODES ANTIPAS QUE A BÍBLIA NÃO MENCIONA?
Resposta: Herodias não teve vergonha de desrespeitar as nossas leis, abandonando o marido Herodes para desposar Antipas, irmão dele, e tetrarca da Galiléia. Salomé, sua filha, desposou Filipe, filho de Herodes, o Grande, e tetrarca de Traconites (FLAVIO JOSEFO, História dos Hebreus, p.840).
9) EM QUE LOCAL JOÃO BATISTA FOI ENCARCERADO POR HERODES ANTIPAS QUE A BÍBLIA NÃO MENCIONA?
Resposta: João, cognominado Batista. (...) Havendo uma multidão grande de pessoas que o seguia a fim de escutar sua doutrina, Herodes, com medo de que o poder quer exercia sobre eles pudesse vir a incitar alguma revolta, (...). Por isso, ordenou que o prendessem em Maquera, em uma fortaleza (FLAVIO JOSEFO, História dos Hebreus, p.838).
Espero que tenha gostado. Ainda teremos novas perguntas e respostas sobre a fascinante época de Jesus nos próximos artigos. Paz e bem para todos. 


Allano Augusto
Membro GO Vida Nova, RCC
 

FORMAÇÃO

A arte face ao mistério do Verbo encarnado

5. A Lei do Antigo Testamento contém uma proibição explícita de representar Deus invisível e inexprimível através duma « estátua esculpida ou fundida » (Dt 27,15), porque Ele transcende qualquer representação material: « Eu sou Aquele que sou » (Ex 3,14). No mistério da Encarnação, porém, o Filho de Deus tornou-Se visível em carne e osso: « Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher » (Gl 4,4). Deus fez-Se homem em Jesus Cristo, que Se tornou assim « o centro de referência para se poder compreender o enigma da existência humana, do mundo criado, e mesmo de Deus ».(6)
Esta manifestação fundamental do « Deus-Mistério » apresenta-se como estímulo e desafio para os cristãos, inclusive no plano da criação artística. E gerou-se um florescimento de beleza, cuja linfa proveio precisamente daqui, do mistério da Encarnação. De facto, quando Se fez homem, o Filho de Deus introduziu na história da humanidade toda a riqueza evangélica da verdade e do bem e, através dela, pôs a descoberto também uma nova dimensão da beleza: a mensagem evangélica está completamente cheia dela.
A Sagrada Escritura tornou-se, assim, uma espécie de « dicionário imenso » (P. Claudel) e de « atlas iconográfico » (M. Chagall), onde foram beber a cultura e a arte cristã. O próprio Antigo Testamento, interpretado à luz do Novo, revelou mananciais inexauríveis de inspiração. Desde as narrações da criação, do pecado, do dilúvio, do ciclo dos Patriarcas, dos acontecimentos do êxodo, passando por tantos outros episódios e personagens da História da Salvação, o texto bíblico atiçou a imaginação de pintores, poetas, músicos, autores de teatro e de cinema. Uma figura como a de Job, só para dar um exemplo, com a problemática pungente e sempre actual da dor, continua a suscitar conjuntamente interesse filosófico, literário e artístico. E que dizer então do Novo Testamento? Desde o Nascimento ao Gólgota, da Transfiguração à Ressurreição, dos milagres aos ensinamentos de Cristo, até chegar aos acontecimentos narrados nos Actos dos Apóstolos ou previstos no Apocalipse em chave escatológica, inúmeras vezes a palavra bíblica se fez imagem, música, poesia, evocando com a linguagem da arte o mistério do « Verbo feito carne ».
Tudo isto constitui, na história da cultura, um amplo capítulo de fé e de beleza. Dele tiraram proveito sobretudo os crentes para a sua experiência de oração e de vida. Para muitos deles, em tempos de escassa alfabetização, as expressões figurativas da Bíblia constituíram mesmo um meio concreto de catequização.(7) Mas para todos, crentes ou não, as realizações artísticas inspiradas na Sagrada Escritura permanecem um reflexo do mistério insondável que abraça e habita o mundo.

Entre Evangelho e arte, uma aliança profunda

6. Com efeito, toda a intuição artística autêntica ultrapassa o que os sentidos captam e, penetrando na realidade, esforça-se por interpretar o seu mistério escondido. Ela brota das profundidades da alma humana, lá onde a aspiração de dar um sentido à própria vida se une com a percepção fugaz da beleza e da unidade misteriosa das coisas. Uma experiência partilhada por todos os artistas é a da distância incolmável que existe entre a obra das suas mãos, mesmo quando bem sucedida, e a perfeição fulgurante da beleza vislumbrada no ardor do momento criativo: tudo o que conseguem exprimir naquilo que pintam, modelam, criam, não passa de um pálido reflexo daquele esplendor que brilhou por instantes diante dos olhos do seu espírito.
O crente não se maravilha disto: sabe que se debruçou por um instante sobre aquele abismo de luz que tem a sua fonte originária em Deus. Há porventura motivo para admiração, se o espírito fica de tal modo inebriado que não sabe exprimir-se senão por balbuciações? Ninguém mais do que o verdadeiro artista está pronto a reconhecer a sua limitação e fazer suas as palavras do apóstolo Paulo, segundo o qual Deus « não habita em santuários construídos pela mão do homem », pelo que « não devemos pensar que a Divindade seja semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem » (Act 17,24.29). Se já a realidade íntima das coisas se situa « para além » das capacidades de compreensão humana, quanto mais Deus nas profundezas do seu mistério insondável!
Já de natureza diversa é o conhecimento de fé: este supõe um encontro pessoal com Deus em Jesus Cristo. Mas também este conhecimento pode tirar proveito da intuição artística. Modelo eloquente duma contemplação estética que se sublima na fé são, por exemplo, as obras do Beato Fra Angélico. A este respeito, é igualmente significativa a lauda extasiada, que S. Francisco de Assis repete duas vezes na chartula, redigida depois de ter recebido os estigmas de Cristo no monte Alverne: « Vós sois beleza... Vós sois beleza! ».(8) S. Boaventura comenta: « Contemplava nas coisas belas o Belíssimo e, seguindo o rasto impresso nas criaturas, buscava por todo o lado o Dilecto ».(9)
Uma perspectiva semelhante aparece na espiritualidade oriental, quando Cristo é designado como « o Belíssimo de maior beleza que todos os mortais ».(10) Assim comenta Macário, o Grande, a beleza transfigurante e libertadora que irradia do Ressuscitado: « A alma que foi plenamente iluminada pela beleza inexprimível da glória luminosa do rosto de Cristo, fica cheia do Espírito Santo (...) é toda olhos, toda luz, toda rosto ».(11)
Toda a forma autêntica de arte é, a seu modo, um caminho de acesso à realidade mais profunda do homem e do mundo. E, como tal, constitui um meio muito válido de aproximação ao horizonte da fé, onde a existência humana encontra a sua plena interpretação. Por isso é que a plenitude evangélica da verdade não podia deixar de suscitar, logo desde os primórdios, o interesse dos artistas, sensíveis por natureza a todas as manifestações da beleza íntima da realidade.        

 CARTA DO PAPA JOÃO PAULO II
AOS ARTISTAS
1999

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA




O Senhor Palha
  
O Sr. Palha era um homem sozinho, não tinha casa, nem mulher, nem filhos. 
Era tão pobre que só tinha  roupa que trazia vestida. Mal tinha o que comer e era tão magro como um fiapo de palha. Era por isso as pessoas chamavam-lhe Sr. Palha.
Todos os dia o Sr. Palha ia rezar ao templo. Pedia melhor sorte à Deusa da Fortuna, até que um dia ouviu uma voz sussurrar “a primeira coisa que tocares quando saíres do templo vai trazer-te grande fortuna”.
Assustado, olhou em volta, mas viu que o templo estava vazio. Pensou se estaria louco, ouvindo vozes...Econcluí-o que tinha sonhado. Mas mesmo assim, com alguma esperança, resolveu correr para a rua. Nisto tropeçou e rebolou pelos degraus do tempo até à rua. Quando se ia a levantar reparou que tinha um fiapo de palha na mão e ao lembrar-se da voz que ouvira, mesmo pensando que não valia nada resolveu guarda-lo. E lá seguiu caminho segurando o seu fiapo de palha. 
Pouco depois apareceu uma libélula zumbindo a volta da sua cabeça. Tentou espantá-la, mas não adiantou. A libélula continuava à volta dele.  Então pensão "está bem, se não queres ir embora então fica comigo". Apanhou a libélula, amarrou o fiapo de palha ao rabo dela e continuou a descer a rua.
A caminho do mercado, encontrou uma florista com o filhinho. Vinham de muito longe. O menino estava cansado, suado e todo empoeirado, mas quando viu a libélula zumbindo amarrada no fiapo de palha, seu rostinho se animou:
- Mãe me dá uma libélula? Por favor!
Assim o Sr. Palha, com pena do menino, deu-lhe a libélula no fiapo 
- É muita bondade sua! - disse a florista - Não tenho nada para lhe dar em troca além de uma rosa. 
O Senhor Palha agradeceu e continuou seu caminho, levando a rosa.
Andou mais um pouco e viu um jovem sentado num toco de árvore, segurando a cabeça entre as mãos. Parecia tão infeliz que o Sr. Palha lhe perguntou o que havia acontecido.
- Vou pedir a mão da minha namorada em casamento hoje à noite, mas sou tão pobre que não tenho nada para lhe oferecer
- Também sou pobre. Não tenho nada de valor, mas se quiseres podes dar-lhe esta rosa.
O rapaz sorriu alegre ao ver esplêndida rosa.
- Fique com estas três laranjas, por favor. É só o que posso dar em troca.
O Sr. Palha continuou, levando as três suculentas laranjas.
A seguir encontrou um mascate, ofegante:
- Estou puxando a carrocinha desde manhã. Estou com tanta sede que acho que vou desmaiar. 
- Acho que não há nenhum poço por aqui, mas podes ficar com estas três laranjas.
O mascate ficou tão agradecido que ofereceu um rolo da mais fina seda ao Sr. Palha.
- O senhor é muito bondoso. Por favor, aceite esta seda em troca.
E mais uma vez o Sr. Palha seguiu pela rua, como o rolo de seda debaixo do braço.
Ao fim de dez passos viu passar uma princesa numa carruagem. A princesa tinha um ar preocupado, mas alegrou-se ao ver o Sr.Palha
- Onde arranjou essa seda?  É justamente o que estava à procura. Hoje é o aniversário do meu pai e quero dar-lhe um quimono real.
- Já que é aniversário dele, tenho prazer de lhe dar esta seda.
- O senhor é muito generoso - disse a princesa sorrindo -  Por favor, aceite esta joiaem troca.

A carruagem se afastou, deixando o Senhor Palha segurando uma joia de inestimável valor brilhando a luz do sol.
Levou a joia ao mercado, vendeu-a e com o dinheiro comprou uma plantação de arroz.Trabalhou muito, arou, semeou e colheu. Todos os anos a plantação produzia mais arroz. Em pouco tempo o Sr. Palha ficou rico. Mas sempre ofereceu arroz aos que tinham fome e ajudava a todos que o procuravam. Muitos diziam que sua sorte tinha começado com um fiapo de palha. Mas não terá sido com a generosidade?