segunda-feira, 24 de setembro de 2012

FORMAÇÃO



Amados irmãos, estando trancorrido o mês dedicado à bíblia, se aproxima o mês dedicado à missão... Assim, acompanhemos o que nos fala o santo padre, Bento XVI...
A prioridade de evangelizar
O mandato de pregar o Evangelho não se esgota, portanto, para um Pastor, na atenção por aquela porção do Povo de Deus confiada aos seus cuidados pastorais, nem no envio de sacerdotes, leigos ou leigas fidei donum. Ele deve envolver toda a atividade da Igreja particular, todos os seus setores, em suma, todo o seu ser e operar. O Concílio Vaticano II o indicou com clareza e o Magistério sucessivo o reiterou com força. Isso requerer adequar constantemente estilos de vida, planos pastorais e organização diocesana a esta dimensão fundamental do ser Igreja, especialmente no nosso mundo em contínua transformação. E isso vale também para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, como também para os Movimentos eclesiais: todos os componentes do grande mosaico da Igreja devem sentir-se fortemente interpelados pelo mandato do Senhor de pregar o Evangelho, para que Cristo seja anunciado em todos os lugares. Nós, Pastores, os religiosos, as religiosas e todos os fiéis em Cristo, devemos colocarmo-nos nas pegadas do apóstolo Paulo, o qual, “prisioneiro de Cristo para os gentios” (Ef 3, 1), trabalhou, sofreu e lutou para levar o Evangelho em meio aos pagãos (cfr. Ef. 1, 24-29), sem poupar energias, tempo e meios para divulgar a Mensagem de Cristo.

Também hoje a missão ad gentes deve ser o constante horizonte e o paradigma por excelência de toda atividade eclesial, porque a própria identidade da Igreja é constituída pela fé no mistério de Deus, que se revelou em Cristo para nos trazer a salvação, e pela missão de testemunhá-lo e anunciá-lo ao mundo, até o seu retorno. Como são Paulo, devemos estar atentos aos que estão distantes, àqueles que ainda não conhecem Cristo e ainda não experimentaram a paternidade de Deus, conscientes de que “a cooperação missionária alarga-se hoje para novas formas, não só no âmbito da ajuda econômica, mas também da participação direta na evangelização” (JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Redemptoris missio, 82). A celebração do Ano da Fé e do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização serão ocasiões propícias para um relançamento da cooperação missionária, sobretudo nesta segunda dimensão.


Fé e anúncio
O anseio de anunciar Cristo nos impulsiona a ler a história para analisar os problemas, aspirações e esperanças da humanidade, que Cristo deve curar, purificar e preencher com a sua presença. A sua mensagem, de fato, é sempre atual, penetra no coração da história e pode dar resposta às inquietações mais profundas de todo homem. Por isso, a Igreja, em nome de todos os seus componentes, deve estar consciente de que “os horizontes imensos da missão eclesial e a complexidade da situação presente requerem hoje modalidades renovadas para se poder comunicar eficazmente a Palavra de Deus.” (Bento XVI, Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini, 97). Isto exige, antes de tudo, uma renovada adesão de fé pessoal e comunitária ao Evangelho de Jesus Cristo, “num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver” (Carta Apostólica Porta fidei, 8).

Efetivamente, um dos obstáculos ao impulso evangelizador é a crise de fé, não apenas no mundo ocidental, mas em grande parte da humanidade, que, faminta e sedenta de Deus, também deve ser convidada e conduzida ao pão de vida e à água viva, como a Samaritana que vai ao poço de Jacó e dialoga com Cristo. Como narra o Evangelista João, a vicissitude desta mulher é particularmente significativa (cfr Jo 4, 1-30): encontra Jesus, que lhe pede de beber, mas depois lhe fala de uma água nova, capaz de saciar a sede para sempre. No início, a mulher não entende, permanece no nível material, mas lentamente é conduzida pelo Senhor a realizar um caminho de fé que a leva a reconhecê-lo como o Messias. A esse propósito, Santo Agostinho afirma: "depois de acolher Cristo Senhor no coração, que mais poderia ter feito (aquela mulher) senão abandonar a ânfora e correr para anunciar a boa nova?" (Homilia 15, 30). O encontro com Cristo como pessoa viva que sacia a sede do coração só pode levar ao desejo de compartilhar com os outros a alegria desta presença e fazê-Lo conhecer para que todos a possam experimentar. É preciso renovar o entusiasmo de comunicar a fé para promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de antiga tradição cristã que estão perdendo Deus como referência, a fim de redescobrir a alegria de crer. A preocupação de evangelizar nunca deve permanecer à margem da atividade eclesial e da vida pessoal do cristão, mas sim caracterizá-la fortemente, conscientes de ser destinatários e, ao mesmo tempo, missionários do Evangelho. O ponto central do anúncio permanece sempre o mesmo: o Kerigma do Cristo morto e ressuscitado pela salvação do mundo, o Kerigma do amor de Deus absoluto e total por todo homem e por toda mulher, cujo ápice está no envio do Filho eterno e unigênito, o Senhor Jesus, que não se eximiu de assumir a pobreza de nossa natureza humana, amando-a e resgatando-a, por meio da oferta de si na cruz, do pecado e da morte.


A fé em Deus, neste desígnio de amor realizado em Cristo, é antes de tudo um dom e um mistério a receber no coração e na vida e pelo qual agradecer sempre ao Senhor. Mas a fé é um dom que nos é dado para ser compartilhado; é um talento recebido para que produza frutos; é uma luz que não deve ficar escondida, mas iluminar toda a casa. É o dom mais importante que nos foi feito em nossa existência e que não podemos guardar para nós mesmos.

Bento XVI – Mensagem para o mês das missões

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

HISTÓRIA QUE O POVO CONTA



Remédio para os olhos

Uma senhora foi procurar o seu oculista, pois começou a sentir dificuldades com a visão.
Ela lhe explicou que o seu trabalho exigia muitas horas de leitura. Depois do exame, o médico disse:
“Os seus olhos estão perfeitos, mas estão cansados. Você precisa descansá-los.”
Ela respondeu: “Isto é impossível! Não posso parar com o meu trabalho.” O médico pensou um pouco e lhe perg
untou: “No local em que você trabalha tem janelas?” “Sim”, disse a mulher, “e eu tenho uma bela vista para as montanhas.” O médico, então, lhe recomendou: “Temos a solução para o seu problema.
Quando os seus olhos estiverem cansados, olhe para as montanhas por 5 ou 10 minutos. Este olhar para o longe vai descansar os seus olhos.”
Esta verdade pode ser aplicada na sua vida espiritual. Talvez você esteja cansado de focalizar os problemas e dificuldades. O olhar para cima – olhar para Deus, vai fazer muito bem!
Se você simplesmente olhar para cima, para o céu, não vai enxergar a Deus. Este olhar tem que ser dirigidopara a Bíblia, pois é ali que Deus se revela ao mundo. Na Bíblia você encontrará a orientação segura de Deus. Ele colocará os seus problemas na perspectiva certa, e dará descanso para a sua alma!

TIRINHAS DO AMOR


segunda-feira, 17 de setembro de 2012


HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA



Mensagem do velho ao moço

Você já foi criança um dia... mas os anos se dobraram e fizeram de você um jovem, quase um adulto...

E agora você me olha com certo desprezo só porque muitos anos se dobraram para mim e hoje eu sou um velho...

Você observa minhas mãos trêmulas e encarquilhadas e se esquece que foram as primeiras a acariciar as suas, inseguras na infância.

Critica os meus passos lentos, vacilantes, esquecendo-se de que foram eles que orientaram seus primeiros passos.

Reclama quando lhe peço para ler uma palavra que meus olhos já não conseguem vislumbrar com precisão, esquecido das várias palavras que eu repeti inúmeras vezes para que você aprendesse a falar.

Fala da lentidão das minhas decisões, esquecendo-se de que suas primeiras decisões foram por elas balizadas.

Diz que eu sou um velho desatualizado, mas eu confesso que pensei muito pouco em mim, para fazer de você um homem de bem.

Reclama da minha saúde debilitada, mas creia, muito trabalho foi preciso para garantir a sua.

Ri quando não pronuncio corretamente uma palavra, mas eu lhe afirmo que esqueci de mim mesmo, para que você pudesse cursar uma Universidade.

Diz que não possuo argumentos convincentes em nossos raros diálogos, todavia, muitas foram as vezes que advoguei em seu favor nas situações difíceis em que se envolvia.

Hoje você cresceu...

É um moço robusto e a juventude lhe empolga as horas...

Esqueceu sua infância, seus primeiros passos, suas primeiras palavras, seus primeiros sorrisos...

Mas acredite, tudo isso está bem vivo na memória deste velho cansado, em cujo peito ainda pulsa o mesmo coração amoroso de outrora...

É verdade que o tempo passou, mas eu nem me dei conta...

Só notei naquele dia... naquele dia em que você me chamou de velho pela primeira vez, e eu olhei no espelho...

Lá estava um velho de cabelos brancos, vincos profundos na face e um certo ar de sabedoria que na imagem de ontem não existia.

Por isso eu lhe digo, meu jovem, que o tempo é implacável, e um dia você também contemplará o espelho e perceberá que a imagem nele refletida não é mais a que hoje você admira...

Mas você sentirá que em seu peito o coração ainda pulsa no mesmo compasso..

Que o afeto que você cultivou não se desvaneceu...

Que as emoções vividas ainda podem ser sentidas como nos velhos tempos...

Que as palavras amargas ainda lhe ferem com a mesma intensidade...

E que apesar dos longos invernos suportados, você não ficou frio diante da indiferença dos seres que embalou na infância...

Por isso que eu lhe aconselho, meu filho:

Não ria nem blasfeme do estado em que eu estou, eu já fui o que você é, e você será o que eu sou...

Aquele que despreza seus velhos, é como galho que deixa o tronco que o sustenta tombar sem apoio.

A ingratidão para com os que nos sustentaram na infância é semente de amargura lançada no solo, para colheita futura.

Assim, façamos aos nossos velhos o que gostaríamos que nos fizessem quando a nossa idade já estiver bastante avançada.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA



 A conta da Vida

Quando André completou 21 anos, sua mãe lhe preparou uma festa. Ele recebeu os amigos e festejou a data com alegria.

Quem estava entristecida era sua mãe. Apesar de estar completando a maioridade, André não aceitava qualquer disciplina.

Com muito esforço, sua mãe conseguira que ele aprendesse as primeiras letras. Depois, não quis mais estudar e trabalhar muito menos.

Ao deitar-se naquela noite, o jovem foi arrebatado pelas asas do sono. Sonhou que era procurado por um mensageiro espiritual que trazia na mão um documento

E ante a curiosidade de André, lhe disse que aquela era a conta dos seres sacrificados até aquele momento, em seu proveito.

Até hoje, falou o mensageiro, para te sustentar a existência morreram aproximadamente 2000 aves, 10 bovinos, 50 suínos, 20 carneiros e 3000 peixes diversos. Nada menos de 60.000 vidas do reino vegetal foram consumidas pela tua, incluindo-se as do arroz, milho, feijão, trigo, das várias raízes e legumes.

Em média, bebeste 3000 litros de leite, gastaste 7.000 ovos e comeste 10.000 frutas.

Tens explorado fartamente as famílias do ar, das águas, do solo. O preço dos teus dias nas hortas e pomares vale por uma devastação. E nem relacionamos aqui os sacrifícios maternos, os recursos de teu pai, os obséquios dos amigos e as atenções dos Benfeitores que te rodeiam.

Em troca, o Senhor da vida manda te perguntar o que é que fizeste de útil?

Nada deste de retorno à natureza. Lembra-te de que a própria erva se encontra em serviço divino. Tudo é mensagem de serviço, de trabalho na natureza.

Olha para tua mãe. Os anos já lhe pesam e ela prossegue em intensa atividade por ti e por teus irmãos, encontrando ainda tempo para se dedicar aos filhos de ninguém.

Observa teu pai que atravessa os anos em labor digno, dando-te o exemplo de disciplina e vontade.

Teus próprios amigos se encontram empenhados no estudo e na dedicação profissional.

Não fiques ocioso. Produze algo de bom, marcando a tua passagem pela Terra.

O moço espantado passou a ver o desfile dos animais que havia devorado e acordou assustado.

Amanhecia. O sol de ouro cantava em toda parte um hino ao trabalho pacífico.

André pulou da cama, foi até sua mãe e exclamou:

- Mãe, desejo retornar aos estudos ainda hoje.

Para nos assegurar a vida, Deus nos faculta o ar, o sol, a chuva, os ventos...

Para nos sustentar o corpo, recebemos o leite materno e na seqüência, seres vegetais e animais são sacrificados todos os dias.

Com tanta preocupação de Deus pela nossa própria vida, é de indagarmos o que a nossa vida tão preciosa está oferecendo ao mundo em troca!!!!!



terça-feira, 4 de setembro de 2012

SANTOS ARTISTAS




“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, ele se assentará em seu trono glorioso.
Todas as nações da terra serão reunidas diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda.
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!
Pois eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa;estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me’.
Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber?
Quando foi que te vimos como forasteiro, e te recebemos em casa, sem roupa, e te vestimos?
Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar? ’
Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes! ’
Depois, o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos.
Pois eu estava com fome, e não me destes de comer; com sede, e não me destes de beber;eu era forasteiro, e não me recebestes em casa; nu, e não me vestistes; doente e na prisão, e não fostes visitar-me.
E estes responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos? ’
Então, o Rei lhes responderá: ‘Em verdade, vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses mais pequenos, foi a mim que o deixastes de fazer! ’
E estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.
(Mateus 25, 31-45)

Francisco de Assis é exemplo daquele que viu em seu irmão mais pobre a imagem do Cristo que passa fome, sede, que é forasteiro e nú. E a Ele é dado o que de comer e beber, além de acolhida e roupas ... por isso o Seráfico Pai foi tão digno de receber a vida eterna!

sábado, 1 de setembro de 2012


HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA



A Morada no Céu


Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu. O anjo guardião levou-o por várias alamedas e foi mostrando-lhe as casas e moradas.
Passaram por uma linda casa com belos jardins. O homem perguntou:
- Quem mora aí?
O anjo respondeu:
- É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu no ano passado.
O homem ficou impressionado: "Puxa! O Raimundo tem uma casa dessas! Aqui deve ser muito bom!"
Logo a seguir surgiu outra casa ainda mais bonita.
- E aqui, quem mora? – Perguntou o homem.
O anjo respondeu:
- Aqui é a casa da Rosalina, aquela que foi sua cozinheira.
O homem ficou imaginando que, tendo seus empregados magníficas residências, sua morada deveria ser no mínimo um palácio. Estava ansioso por vê-la.
Nisso o anjo parou diante de um barraco construído com tábuas e disse:
- Esta é a sua casa!
O homem ficou indignado:
- Como é possível! Vocês sabem construir coisa muito melhor.
- Sabemos – respondeu o anjo – mas nós construímos apenas a casa. O material são vocês mesmos que selecionam e nos enviam lá de baixo. Você só enviou isso!
Cada gesto de amor e partilha é um tijolo com o qual construímos a eternidade.
Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes de cada dia.