segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Testemunho que nos fala sobre Deus

E no terceiro dia Ele .....

A frase acima nem precisa ser terminada, pois já sabemos a resposta de prontidão. “Ressuscitou” gritamos o mais alto que podemos, mas por que Ele deveria ter ressuscitado por um povo que o levou a morte de cruz?
Por infinitas vezes em minha caminhada escutei as seguintes frases: “Foi por você” ou “Morreu por nossos pecados” ou “Morreu para te salvar”. Tenho certeza que vocês também, mas o que eu precisava entender que a morte Dele muito significou para a minha vida, para a minha história, mas o mais importante estava por vim.


Como basicamente tudo em nossa caminhada primeiro vem a provação para depois vir a gratificação de quem confiou, essa foi umas das primeiras provações vivenciadas pelos cristãos – a morte de Jesus, mas para quem acreditou, posteriormente veio a gratificação.
Então, tenho a consciência que Ele sofreu e desvaneceu em uma cruz por meus pecados, mas o que me chama atenção é que mesmo depois te ter sofrido por causa de mim, Deus decidiu ressuscitar novamente para ficar comigo. Resumindo fica assim, morreu por mim e ressuscitou para voltar para perto de mim, pense que sou importante.
Amigos, isso que falo da ressurreição de Cristo é necessário que tenha algum sentido em nossas vidas, em meio a essa ocasião nos dividimos em dois tipos de servos: Os que tem a consciência que Ele morreu por nós (passado) ou os que reconhecem a sua morte, mas tem a certeza que está ressuscitado para ficar novamente conosco (presente).
Quando estamos na primeira fase a do “passado”:
·         Aceitamos o pecado, pois Ele morreu para nos redimir: Então peco porque já está perdoado;
·         Ficamos presos a erros passados, quer dizer não evoluímos ou amadurecemos a nossa fé;
·         E o pior de todos, nos acomodamos com tudo: Se está em tempestade a nossa vida, não lutamos para vencer; Se está na calmaria, deixamos a vida no levar, sem ter objetivos.
Percebamos o quanto é nocivo esse comportamento para as nossas vidas, trazendo para o nosso serviço dentro da igreja, o Católico “passado”, não busca com freqüência a confissão, sempre é questionado pelas mesmas interrogações de quando entrou na igreja (tipo: E Deus está mesmo naquela hóstia?) e ficamos acomodados nos serviços, apenas nos movimentamos quando impulsionado por alguém, ou sempre temos os antigos medos em fazer algo.
Quando temos a consciência da ressurreição de Jesus, essas ações “passadas” são renovadas no mistério de Deus, através do Batismo no Espírito Santo.
Ai amigos, nos tornamos o Católico “presente”:
·         Ele é eternamente grato pelo gesto de amor de Jesus, a se deixar ser pendurado em uma cruz;
·         Nos reinventamos no dia-a-dia, com a experiência do dinamismo do Espírito Santo, então não há serviço continuo, mas serviço renovado;
·         E principalmente, em qualquer ação nossa, temos a confiança que Ele está ao nosso lado;
Enfim, não nos acomodamos em esperar momentos em que devemos propagar as mensagens de Deus nas artes ou em outros serviços, nos mesmos criamos esses momentos para mostrar a quem ainda não reconheceu um Deus, que no terceiro dia Ele....voltou de um lugar que parecia impossível, só para ficar do meu ladinho (só amor).



Marcel Almeida
Ministro de Artes


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Formação

A CASTIDADE EM MEU SERVIÇO

Em meio a tantos afazeres, em meio a tantas provações, nós acabamos caindo, vacilando... Mas o que permanece no Cristão é a vontade de perseverar e saber que Deus está conosco em todas as circunstâncias.  O convite que o Senhor faz a cada um de nós é um reflexo da confiança que Ele tem em nós. Não tenha dúvidas de que o Senhor sabe tudo, mesmo na sua pequenez Ele te chama para servir.
Hoje vamos refletir um pouco sobre a castidade nas artes. Como dito acima, acabamos vacilando e deixando que o inimigo entre em nosso serviço por pequenas brechas. Às vezes, esta é dada por nossa falta de cuidados com o nosso corpo, por exemplo, nas danças ou nos teatros dos serviços. Por isso, lanço agora a pergunta: será que estou refletindo o Deus Pai, Filho e Espírito Santo em meu corpo?

O Catecismo da Igreja Católica diz que Cristo é o modelo da castidade. Todo batizado é chamado a levar uma vida casta, cada um segundo seu estado de vida próprio (2394). A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo (2345).
A necessidade de decidir pela castidade em nosso serviço, sobretudo em nossa vida como cristãos, nos leva a imitar a pureza de Cristo, Ele que viveu em nossa condição, com exceção do pecado. Algo que acho interessante quando vou servir ao Senhor através da dança é refletir sobre quais músicas ando escutando e cantando. Muitas vezes optamos por escutar músicas que influenciam em nossos gestos e formas de dançar, como o rebolado exagerado. Por isso te levo a refletir: quais músicas eu ando escutando? Será que Jesus estaria escutando-as?

Ser instrumento e mostrar Deus através do nosso atuar imitando-o também na pureza é de suma importância. Como posso ser casto no meu serviço no teatro? Às vezes determinados gestos que colocamos ao atuar podem não refletir o Cristo. Por isso é de suma importância estar vigilantes ao que fazemos e deixamos de fazer em nossos serviços.
Como posso buscar a castidade? Eucaristia, confissão, oração, Palavra, jejum... Poderia enumerar diversos meios pelos quais podemos buscar a santidade. Se seguirmos todos os meios que a Igreja nos propõe como cristãos estaremos fazendo a vontade de Deus e, consequentemente, vivendo a castidade. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Caminhando com o Senhor



Como a arte nos ajuda na relação com Deus

Em sua série de catequeses sobre a oração, o papa Bento XVI dá continuidade aos seus ensinamentos falando sobre a relação da arte e a elevação à Deus.


Queridos irmãos e irmãs:

Neste período, recordei muitas vezes a necessidade que todo cristão tem de encontrar tempo para Deus, através da oração, em meio às muitas ocupações da nossa jornada. O próprio Senhor nos oferece muitas oportunidades para que nos lembremos d'Ele. Hoje eu gostaria de falar brevemente de um desses meios que podem nos conduzir a Deus e ser também uma ajuda para encontrar-nos com Ele: é o caminho das expressões artísticas, parte dessa via pulchritudinis – “via da beleza” – da qual falei tantas vezes e que o homem deveria recuperar em seu significado mais profundo.



Talvez já tenha lhes acontecido que, diante de uma escultura, um quadro, alguns versos de poesia ou uma peça musical, tenham sentido uma íntima emoção, uma sensação de alegria; percebem claramente que, diante de vocês, não existe somente matéria, um pedaço de mármore ou de bronze, uma tela pintada, um conjunto de letras ou um cúmulo de sons, e sim algo maior, algo que nos “fala”, capaz de tocar o coração, de comunicar uma mensagem, de elevar a alma. Uma obra de arte é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível, que tenta descobrir o sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem das formas, das cores, dos sons. A arte é capaz de expressar e tornar visível a necessidade do homem de ir além do que se vê, manifesta a sede e a busca do infinito. Inclusive é como uma porta aberta ao infinito, a uma beleza e uma verdade que vão além do cotidiano. E uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, conduzindo-nos ao alto.

Há expressões artísticas que são verdadeiros caminhos rumo a Deus, a Beleza suprema, que inclusive são uma ajuda para crescer na relação com Ele, na oração. Trata-se das obras que nascem da fé e que a expressam. Um exemplo disso é quando visitamos uma catedral gótica: sentimo-nos cativados pelas linhas verticais que se elevam até o céu e que atraem nosso olhar e nosso espírito, enquanto, ao mesmo tempo, nos sentimos pequenos ou também desejosos de plenitude... Ou quando entramos em uma igreja românica: sentimo-nos convidados de forma espontânea ao recolhimento e à oração. Percebemos que nesses esplêndidos edifícios se recolhe a fé de gerações. Ou também quando escutamos uma peça de música sacra que faz vibrar as cordas do nosso coração, nossa alma se dilata e se sente impelida a dirigir-se a Deus. Vem-me à memória um concerto de música de Johann Sebastian Bach, em Munique, dirigido por Leonard Bernstein. No final da última peça, uma das Cantatas, senti, não racionalizando, mas no profundo do coração, que o que eu havia escutado havia me transmitido verdade, verdade do sumo compositor que me conduzia a dar graças a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique e espontaneamente lhe comentei: “Ouvindo isso se entende: é verdadeira, é verdadeira a fé tão forte e a beleza que expressa irresistivelmente a presença da verdade de Deus”.

Quantas vezes quadros ou afrescos, frutos da fé do artista, com suas formas, com suas cores, com suas luzes, nos conduzem a dirigir o pensamento a Deus e fazem crescer em nós o desejo de acudir à fonte de toda beleza! É profundamente certo o que escreveu um grande artista, Marc Chagall: que os pintores mergulharam seus pincéis, durante séculos, no alfabeto de cores que é a Bíblia. Quantas vezes as expressões artísticas podem ser oportunidades para lembrarmos de Deus, para ajudar nossa oração ou para converter o nosso coração! Paul Claudel, famoso poeta, dramaturgo e diplomata francês, ao escutar o canto do Magnificat durante a Missa de Natal na basílica de Notre Dame, em Paris, em 1886, advertiu a presença de Deus. Não havia entrado na igreja por motivos de fé, mas para encontrar argumentos contra os cristãos. No entanto, a graça de Deus agiu no seu coração.

Queridos amigos, eu lhes convido a redescobrir a importância deste caminho também para a oração, para a nossa relação viva com Deus. As cidades e os países do mundo inteiro contêm tesouros de arte que expressam a fé e nos recordam a relação com Deus. Que a visita a lugares de arte não seja somente ocasião de enriquecimento cultural, mas que possa se tornar um momento de graça, de estímulo para reforçar nosso vínculo e nosso diálogo com o Senhor, para deter-nos a contemplar – na transição da simples realidade exterior à realidade mais profunda que expressa – o raio de beleza que nos atinge, que quase nos “fere” e que nos convida a elevar-nos até Deus. Termino com uma oração de um salmo, o salmo 27: “Uma só coisa pedi ao Senhor, só isto desejo: poder morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida; poder gozar da suavidade do Senhor e contemplar seu santuário” (v.4). Esperemos que o Senhor nos ajude a contemplar sua beleza, seja na natureza ou nas obras de arte, para sermos tocados pela luz do seu rosto e, assim, podermos ser, também nós, uma luz para o nosso próximo.

Obrigado.



No final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:

Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos. Procurem descobrir na arte religiosa um estímulo para reforçar a sua união e o seu diálogo com o Senhor, através da contemplação da beleza que nos convida a elevar o nosso íntimo para Deus. E que Ele os abençoe. Obrigado!


Autor: RCC BRASIL

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Formação


O CARÁTER DO ARTISTA


O caráter de uma pessoa determina seu modo de agir e pensar, como estamos falando de arte isso influência em até seu modo de atuar.
Considero que ele é uma dos pontos-chaves de um relacionamento, tanto vertical (Eu e Deus) como horizontal (Eu e Você), pois iremos trabalhar com esta base.
“O que mais importa é quem você escolha agradar.” Lembro desta frase do livro “O Doador dos Sonhos” de Bruce Wilkinson, onde Comum, dono da trama, recebe um sonho do Doador dos Sonhos e vai atrás deixando sua Zona de Conforto, ele luta com Gigantes, encontra Guerreiros, Fé e muitos outros personagens que provam o seu caráter e o seu coração, em um determinado momento ele chega a perder seu o foco, mas pelo seu caráter ele se arrepende e volta a percorrer não só seu sonho, mas o próprio Doador dos Sonhos (recomendo esta leitura).
Nosso caráter não sofre as influências pelo meio em que é submetido, pois o ser humano demonstra sua pessoal característica desde os primeiros dias, quiçá ainda enquanto dentro do ventre materno. O caráter é inerente do próprio espírito, e os moldes de educação, adaptação às diferentes condições e fases da vida humana apenas levam o ser às escolhas que deve fazer obedecendo elas a esse princípio primeiro.
Caráter é a soma de hábitos, virtude e vícios, o caráter faz ver além, as consequências dos atos de hoje, e não pode ser adquirido ou estudado ou mesmo aprendido.

Mas então porque estamos falando de caráter se ele não pode sofrer alterações?
Ambos, a cultura e o estilo de vida, são transformados, adquiridos e estudados e podem ser esquecidos ou aprimorados. Mas o caráter faz desses todos seus caminhos. Escolher qual deles seguir e quais consequências irão advir só o caráter pode identificar, no momento que as decisões - de trabalho, amor, relações sociais, escolares, de amizade etc. - são tomadas, ou seja, influi no relacionamento.
Mas então porque estamos falando de caráter se ele não pode sofrer alterações?
Por nós mesmos ele acaba sendo imutável, mas Deus tudo pode, ele está no controle e diz na sua palavra acerca de como devemos ser, Deus diz, “Sede santos.” Ele não disse para fazermos algo para que aparentássemos santos. Ele diz, “sede” santo. Você não pode fazer a si mesmo santo da mesma forma que não pode salvar-se a si mesmo, mas quando você recebe a santidade de Deus por dentro, sua vida e conduta serão santas e agradáveis à Deus.
Traços de bom caráter não são aprendidos em um programa de dez passos ou em livros de autoajuda Eles são mais do que apenas tentar fazer o melhor. Eles vêm através do trabalho de Deus no coração.
“Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, E à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência piedade, E à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade.”
Entendo neste versículo, que não é uma sucessão de acontecimentos, mas um conjunto de qualidades particulares, que podem ser adquiridas em exercícios fundamentais de fé e oração.
Nosso caráter é algo inegável e não pode ser escondido, diferente da nossa fé que produz milagres, diferente da nossa salvação que produz frutos, o nosso caráter é algo que rege tudo isso, mas não gera algo visível.
Negar nosso caráter é se negar negligenciar o que Deus pode fazer nele é negar uma vida de santificação.
Isso não serve só para artistas, mas vemos sempre este tema ligado a esta classe, isso se deve a maior sensibilidade que o artista tem. Na verdade ele é regido emocionalmente, ultrapassando barreiras de seu caráter, e é ai onde mora o perigo.
Achamos que ao atuar, assumir uma personalidade, viver um personagem,podemos nos desligar de nós mesmos e usar a nossa “memória”
(leque de situações que nos ligam a algo), e esquecemos que nosso caráter não é mudado, então estaremos apresentando um personagem com “certas características” mas com nosso próprio caráter.
Faça essas perguntas a si mesmo:
O que você pretende ao atuar? Seu caráter te permite ser um canal de benção?
Não lute contra si mesmo para camuflar seu caráter, é muito mais fácil pedir a Deus o seu caráter.
Como artistas, o cristianismo nos exige muito, vemos em João 4.23 “ Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”
Não deixe que o dom dado por Deus para que você o glorifique seja dominado por seu caráter e acabe perdendo valor.
Tenha uma vida de Adoração, ela é essencial e faz parte do caráter de um artista saber adorar aquilo que realmente ama.
Lembre-se: Um verdadeiro adorador influência através de seu caráter cristão. Talvez você leve uma vida inteira para ter aperfeiçoado seu caráter, mas é importante que em toda a sua vida você deseje por isso e lute por isso.
Algumas coisas a serem consideradas:

RENOVE A MENTE, ELA TRABALHA JUNTO COM SEU CARÁTER
A mente é o atributo central da alma humana. Nela se trava a batalha dos pensamentos.
Ilustração do relacionamento integral do homem com o mundo externo. Por isso:
Tenha comunhão pela oração (Fp 4. 6-8.), se encha da palavra (Rm. 12.2), aprenda com a bíblia (2Cor 10. 4 e 5) e domine a sua mente (Jo 8. 32). Precisamos ter as vontades de Deus como nossas vontades, mas Ele não coage ou força, Ele nos respeita.
Jesus é nosso exemplo (Jo. 4. 34), temos que ser sinceros (Rm.7.18) e resistir ao diabo (Tiago 4.7b).
SUGESTÕES
1- Faça uma lista de suas qualidades e defeitos (no mínimo 5 de cada) 2- Analise atitudes que você julga boas ou más.
3- Apresente a Deus. Peça forças para perdoar - PERDOE 4- Ore pedindo a Deus que seu caráter seja igual ao dele. 5- Retenha o que é bom, descarte o que não te edifica.


Autor Rafael Celestino de Souza

Diretor do Grupo de Teatro Face a Face.

Colaboração: Elton Monteiro

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Formação

AFINAL, QUAL A NECESSIDADE DA ARTE?

Por que a Igreja do Deus vivo precisa tanto de nós artista (RVR 41)?

Se observarmos bem, vamos perceber que a arte esteve presente em toda a história da humanidade. O seu surgimento, inclusive, se confunde com o surgimento dela. Vemos isso nas pinturas rupestres e nas danças-rituais próprias de cada tribo ou povoados. Ela está presente também no cântico de vitória de Moisés ao celebrar a libertação do povo de Israel das mãos dos egípcios (Ex 15); no cântico de Débora quando levou Israel à vitória sobre Canaã (Jz 5); nos salmos de Davi; no salmo profético de Zacarias (Lc 1, 67); no Magnífica de Nossa Senhora (Lc 1, 46); e nos corpos, mãos e bocas de tantos outros que fazem a história do povo de Deus.
Assim podemos perceber que o homem sempre teve necessidade da arte, seja para se comunicar ou manifestar seus desejos e inquietações. Ao longo da história, a arte foi passando por diversas fases, sendo até mesmo censurada por ditadores de diferentes épocas e localidades, pois estes entendiam o poder que ela detinha. 

A arte é motivo de grandes mobilizações até os dias de hoje, e acredito que isso não vá mudar, já que muitos lutam por ela, muitos morrem defendendo a liberdade artística. Talvez não se tenha uma explicação científica precisa, mas o certo é que a arte alcança lugares e pessoas que as palavras não atingem. A simples tentativa de explicar o significado da palavra Arte rendeu livros, teses e textos desde Platão até o mais desconhecido dos escritores atuais.
Deus, em sua infinita sabedoria, viu o quanto a arte fascinava o seu povo e colocou, por amor e misericórdia, uma vocação no seio da Igreja com uma missão específica de evangelizar através das artes e, assim como fez com Adão, depositou em nossas mãos a responsabilidade de cuidar, e ensinar outros a cuidarem, desse precioso dom de Deus: a Arte.
Deus nos escolheu artistas para que o mundo possa ser atraído não para nossa arte, mas para Seu coração. A arte é o lugar do belo, é morada do belo; e o que poderia ser mais belo do que um coração divino, que se fez carne, se deixou ferir e ser aberto simplesmente para se derramar inteiro por cada um de nós?
Nossa arte deve rasgar véus, derrubar escamas, para que o olhar humano possa se encontrar com o olhar divino.
“A arte em si é fascinante, por isso devemos ter muito cuidado. 
Nosso amor e fascínio é por Deus e a arte é o instrumento 
que Ele nos deu para demonstrar esse amor.” (RVR 73)



Por: Débora Moreira – Comunidade Recado

Colaboração: Kathleen Tácila

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Formação

Deus ouve e atende quando oramos uns pelos outros



Gostaria de fazer algo diferente ou escrever de
forma diferente, como fisicamente não estou no GO, gostaria de auxiliar em palavras a nossa reflexão de hoje, e pediria que as seguissem corretamente, realizassem uma primeira leitura e depois materializassem ela em pensamentos e ações para melhor presença de Deus em nossa oração e leitura.
Imaginem vocês, presos, em um ligar tenebroso, escutando gritos de dor ao seu redor, lugar sujo e fedorento, apertando, escuro e sem chance de escapar, você começa a se sentir sufocado, o oxigênio lhe falta, falta luz, você não consegue discernir se é dia ou noite, acorrentado pelos braços, mais precisamente em volta de seus pulsos, corrente essa pesada, enferrujada, apertada, que lhe roubava sangue toda vez que você tentava se mexer.
Como vocês se sentem acorrentados? Como se sentiriam se vocês tivessem de que usar essas correntes durante o tempo todo, mesmo quando fossem comer ou dormir? Traz medo não é, sem ninguém humano ao seu lado ou por você.
Amigos hoje irei contar um história que está lá em Atos 12:1-19, quando a mandado por Herodes, Pedro foi preso e levando a uma masmorra escura, fétida e sozinho é claro, realmente o fundo do poço, por algo que outro o marcavam como pecado.
Vamos encenar a história bíblica de hoje e continuar vivenciando nela em forma de oração e reflexão?
 Seremos Pedro, peço que ouçam atentamente a história para poder fazer os movimentos certos à medida que a história for sendo relatada.
O rei Herodes era um rei mau. Ele queria deixar os judeus felizes. Para que isso acontecesse, ele mataria as pessoas que acreditavam em Jesus. Assim, para que os judeus gostassem dele, o rei Herodes resolveu colocar Pedro na prisão.
O rei Herodes gritou aos guardas:
— Procurem aquele pregador Pedro e o coloquem na prisão!
Perseguido por ser de Deus, Pedro é acorrentado. Após a prisão os soldados estão por todos os lados em volta da prisão. Eles não querem que Pedro fuja!
Logo, os amigos de Pedro ouvem a notícia de que Pedro está preso. Eles choram. Então, os amigos dele se reúnem em uma casa e decidem orar por ele. Eles oram durante a noite inteira. Eles oram, oram e oram.
Lá na prisão, de repente, uma luz brilhante aparece na cela de Pedro, em meio a total escuridão. Um anjo! Mas Pedro está dormindo! O anjo toca em Pedro para acordá-lo. O Anjo diz:
— Levante-se, Pedro.
As correntes caem. Pedro acha que está sonhando.
— Coloque suas sandálias — o anjo continua dizendo — e venha comigo.
O anjo conduz Pedro pelo meio de todos os soldados. Um grande portão de ferro se abre para eles passarem. Depois disso, o anjo desaparece.
Pedro caminha em direção da casa onde ele acha que seus amigos estão. Ele bate à porta. Rode, uma serva vai atender. Quando ela ouve a voz de Pedro, fica tão feliz que corre de volta para contar aos outros que Pedro está ali, e se esquece de deixá-lo entrar.
— Pedro está lá fora! — diz ela às pessoas que estão orando na casa. Ninguém acredita nela. Pedro continua batendo. Finalmente, algumas pessoas vão até a porta e vêem por si mesmas que Pedro está ali. Agarram Pedro e o levam para dentro. Então, Pedro conta o que Deus fez por ele.
Agora, eles mudam sua oração! Louvam a Deus e agradecem por enviar o anjo para levar Pedro de volta para eles. Deus estava com Pedro o tempo todo.
Como foi a encenação? Conseguiu se concentrar? Não, tente de novo.
Para aqueles que conseguiram, vamos analisar;
Muita das vezes estamos acorrentados por pecados ou vícios ou situações que nos roubam a paz, nos tira o brilho da imagem de Deus em nossos rostos, nos tornamos infelizes, resmungões e mal humorados. Essa corrente nos apertam e cada dia parecem ser mais forte que nós e até nos roubam o ar. Sufocados e buscando qualquer brecha que nos traga o oxigênio, nos contentamos com qualquer folga na corrente ao invés de quebrá-las.
Mas, quebrar sem força, como?
Na história Deus não deixa Pedro só para enfrentar a situação desesperadora, a pedido de outros ele manda um anjo para ajudar a se libertar, alguma situações de pecados em nossa vida é necessário  uma intervenção dívida, pois sozinho é muito difícil se libertar, mas como faço para entrar um anjo em uma hora dessas?

“Não é preciso mais adormecer
Pra sonhar com um anjo descendo.
Do céu, basta você perceber
Que sou mais que um amigo fiel.
Sou aquele que trás alegria de Deus,
E a entrega direto ao seu coração.
E com você vou sorrir e chorar,
Lado a lado vamos caminhar.
Quando de ajuda você precisar,
Dou minha vida pra lhe resgatar,
Esse é o desejo de Deus (de Deus).
De hoje em diante o seu Anjo sou eu.
(Refrão)
Sou muito mais que um amigo,
Sou um Anjo que o Senhor enviou.
Pode gritar para o mundo ouvir,
Sou um Anjo, que o Senhor enviou pra você.
Não tenho asas e nem sei voar,
Mas o que o mundo não pode,
Eu posso lhe dar,
Vou lhe mostrar o caminho de Deus,
Só Ele pode te santificar.
Quando de ajuda você precisar,
Dou minha vida pra lhe resgatar,
Esse é o desejo de Deus (de Deus).
De hoje em diante o seu Anjo sou eu.
(Refrão)
Sou Muito mais que um amigo,
Sou um Anjo que o Senhor enviou.
Pode gritar para o mundo ouvir,
Sou um Anjo, que o Senhor enviou.
Quando você se ferir e do céu se afastar,
Eu lhe trarei para perto de Deus,
Quando sentir solidão vem comigo rezar,
Eu levarei suas preces a Deus.
(Refrão)
Nós somos mais que amigos,
Somo anjos que o Senhor enviou,
Vamos gritar para o mundo ouvir,
Somos anjos que o senhor enviou.
Nos somos mais que amigos,
Somos anjos que o Senhor enviou,
Vamos gritar para o mundo ouvir,
Somos anjos.”

Isso mesmo meus amigos, como disse nosso Francisco.

“Jovens evangelizam Jovens”

Somos esses anjos de Deus que por força do alto temos a capacidade de ajudar a libertação de vários outros, que por força de nossa orações podemos realizar milagres na vida de outros. Se não consegue vencer o pecado só, peça ajuda e oração ao seu amigo e junto irão conseguir. Agora vamos treinar?

Comecem rezando por mim e pela minha família.

"Pedro...ficou detido na prisão, mas a igreja orava intensamente a Deus por ele." Atos 12:5.

Marcel Almeida
Ministro de Artes.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O louvor na Dança

Amados irmãos, que a fé e a graça do Espírito Santo de Deus seja a nossa alegria! 
E em ritmo de Jornada Mundial da Juventude, o ministério das Artes também se faz presente no dançar, na canção, por isso que tal nos prepararmos para manisfestar o amor de Deus através desta coreografia. Para você que vai para Jornada tenho certeza que é uma alegria aprender e para você que não vai a alegria se redobra, pois o seu coração exulta de alegria ao proclamar o amor de Deus na DANÇA!!!
Vamos lá aprender?






segunda-feira, 10 de junho de 2013

Formação

Onde estão os autores católicos? 


"Um dos principais problemas dos grupos de teatro católicos é achar bons textos para representar! Onde estão os autores católicos? Não existem?

Pois é, existem sim! Se voce pegar todo o chamado Século de Ouro Espanhol (sec XVI) onde o teatro foi um enorme destaque, quase 100% das peças tem inspiração católica! Cervantes, Calderon de La Barca, Lope de Vega, Lope de Rueda fizeram miséria com suas “comédias” que levavam a um profundo questionamento do ser humano! Como dizer que “A vida é Sonho!”, obra-prima de Calderon de La Barca não é católica em suas origens e reflexões?
Em Portugal, Gil Vicente iniciou sua “carreira” com o Auto da Visitação, trazendo um lindo auto fazendo um paralelo entre o nascimento do redentor com o nascimento do príncipe regente.
Dando um salto no tempo e entrando no século XX, temos notadamente Paul Claudel e Henri Ghéon (deste último me comprometo a postar um texto dele aqui) levando para os palcos o anúncio do Evangelho!
A dificuldade sim, é de tradução! Dificilmente encontramos boas traduções destas obras! Aí, resta a aventura de traduzir sozinho ou adaptar…
No entanto, quero lembrar a todos que não existe fonte maior do que a própria Palavra de Deus! O grande pintor Marc Chagal chamava a Bíblia de “dicionário iconoclástico” dizendo que todas as formas e figuras do mundo visível poderiam ser encontrados na Bíblia! Não havia necessidade de nenhuma outra fonte!
Digo o mesmo! Para um bom leitor, a Bíblia fornece todas as histórias e personagens possíveis!"


domingo, 2 de junho de 2013

Imagens que ensinam


E nesta certeza que Deus cuida de tudo, nos lançamos em seus braços, confiantes! Sentinelas do Amanhã!


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Estudo Bíblico


A QUEDA DOS ANJOS


Hoje iremos estudar sobre o episódio da queda dos anjos. Mas, primeiro vamos entender a definição desses seres angelicais. No Catecismo da Igreja Católica vai falar que esses seres espirituais, são criaturas, não-corpórea que são chamadas de Anjos. E sua existência tem um objetivo, “que os anjos estão a serviço de Deus(Hebreus 1, 14).
Na Revelação referente à Queda dos anjos há poucos dados, porém, existem alguns fragmentos desse acontecimento nas sagradas escrituras que vai dizer: “os anjos não tinham guardado a dignidade de sua classe, mas abandonou os seus tronos(São Judas 1,6). Por isso, “Deus não poupou os anjos que pecaram(II Pedro 2,4). E a partir daí, “já não houve lugar no céu para eles(Apocalipse 12,8). E por causa disso, “houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. Foi então precipitado o grande Dragão, a Primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos(Apocalipse 12,7-9). Vale lembrar ainda, nos dizeres de Jesus a respeito desse fato: “Vi Satanás cair do céu como um raio(Lucas 10,18). “Ele era homicida desde o princípio(João 8,44).
Diante desse relato acima, vocês devem está se perguntando. Que tipo de pecado terá sido esse? No Catecismo da Igreja, vai dizer que temos um reflexo deste Pecado Angelical nas palavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: “E vós sereis como deuses(Gênesis 3, 5). E por causa desse orgulho, eles (anjos decaídos) desceram a Terra, e estão vivendo entre nós, como diz São Paulo, “que as forças infernais estão espalhadas nos ares(Filipenses 6,12). Mas também dentro de alguns seres vivos (animais, vegetais e nos homens), como revela na fala do possesso de gadareno: “Meu nome é Legião! Porque somos muitos demônios, que nele estão ocultados(Lucas 8,30). Vale ressaltar que o próprio Jesus, explicou esse fenômeno da possessão do Mal: “Quando um espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso; não achando, diz: voltarei a minha casa, donde saí. Chegando, acha-a varrida e adornada. Vai então e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele e entram e estabelecem-se ali. E a última condição desse homem vem a ser pior do que a primeira”
Espero que tenha gostado desse Estudo Bíblico! No próximo artigo, eu irei aborda sobre a passagem da criação do mundo e sobre nossos primeiros pais. Paz e bem para vocês!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Formação


A DANÇA COMO ADORAÇÃO

A nossa missão hoje é ir pelo mundo e anunciar a Boa-Nova, que é o Evangelho. Missionários Shalom canta uma música que diz assim “Eu tô de malas prontas pra seguir o meu Senhor, vou ao fim do mundo se preciso for...” E você? Até onde pode ir para anunciar o Evangelho?
O Senhor só quer que sirvamos, independentemente do local onde estivermos; seja no grupo de oração da minha cidade, seja noutro grupo ou noutra cidade; Ele só quer, antes de qualquer coisa, que sejamos amor onde formos. Afinal, olha só a ordem que o Senhor dá a cada um de nós em especial:

Eu te coloquei como luz para as nações,
para que leves a salvação até os confins da terra.
(At 13, 47)

E como ministra das artes, estou aqui para falar especialmente para você que está no serviço há um bom tempo ou que está no começo ou que deseja servir Aquele que é. A gente só vai conseguir fazer aquilo que é vontade de Deus se primeiramente amarmos. Mas a gente só ama aquilo que a gente conhece!
Contudo, quero antes falar de uma coisinha: a dança como adoração. Eu, particularmente, nunca gostei de dançar. Sempre me achei dura e as músicas mundanas excluem pessoas assim. Por isso, sempre fui quieta. Até encontrar a Alegria da minha juventude! Eu pude entender que a dança não se restringe a apenas rebolados ou passos que mexem muito com o corpo, não! Expressamos através da dança um prazer que sentimos. Mas é esta a questão: qual é o prazer que te faz dançar hoje? São as brincadeiras com os seus amigos? São os 15 minutinhos de fama? Ou o seu único motivo é adorar a Deus com o movimento do seu corpo? Não banalizo quem curte as danças mundanas, mas vejam, a dança que nos atrai, enquanto cristãos, são aquelas que, antes de mais nada, não ferem o coração de Deus.
Precisamos deixar nosso corpo ser bailado pelo Espírito Santo. O que seríamos de nós sem Ele para nos auxiliar? É o Espírito Santo quem deve movimentar todo o seu corpo, seus gestos, seus passos, toda a coreografia. E você deve sentir verdadeiramente a música primeiramente no seu íntimo, bem como cantamos “A começar em mim”...


Assim, devemos tomar bastante cuidado com os movimentos que temos durante a nossa evangelização. O Catecismo da Igreja Católica já nos adverte: a castidade é uma virtude moral, é também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual (CIC 2348). Então, devemos ter este cuidado, este zelo, com o nosso corpo e movimento, uma vez que é templo e morada do Espírito Santo.
Só mais uma coisa: o nosso serviço não poder ser, de forma alguma, estrelismo! Aceitamos servir porque somos dependentes Daquele que tudo pode, Daquele que nos ama, e queremos que outros também possam experimentar desta fonte que jorra Água Viva. Se alguém deve ser visto não é você, com certeza, mas o Deus que te capacita e está com você. Somos apenas marionetes, quando permitimos, do Senhor! Precisamos ser humildes para aceitar esta verdade em nossa caminhada.
Por fim, vamos levar a nossa dança para os que ainda não conhecem a Deus. Caímos no comodismo de evangelizar os evangelizados, e precisamos ir além, precisamos evangelizar aqueles que ainda não conhecem o Amor. Que seja o Espírito Santo a nos conduzir nesta missão que o próprio Deus nos confiou; que pela poderosa intercessão da Virgem Mãe, não nos falte o vinho que necessitamos. No mais, que o Senhor continue abençoando nosso serviço e que sintamos necessitados do Amor!