terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A ARTE E A UNÇÃO

OUVIR, OBEDECER E AGIR


“A arte é algo interior expressa exteriormente”, lembro muito dessa frase, pois um colega professor de Artes a dizia direto em suas aulas, a arte em geral é o pensar e agir, e o traduzir em ações a sua criatividade interna, Arte vem da palavra grega “ars”, que possui o significado de técnica ou habilidade. A arte é uma criação com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam emoções, história,  sentimento e a cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos.
A arte católica ou sacra, vai mais além disso tudo, ela transpassa a epata de criação humana, para ser criação Divina, segundo o dicionário católico Marcel Almeida: é trazer vida e formas as palavras de Deus, ela inicia antes do pensar, e se divide em três momentos: o ouvir, o obedecer, e o agir. Ouvir, pois é algo de Deus, Ele é quem deve suscitar em nossos corações o que deve ser feito, o obedecer, pois como servos devemos fazer o que Deus nos diz, e o agir que é simplesmente o fazer, a execução daquilo que foi dito e manifestado por Deus, segundo as Suas monções.
Irmãos, Deus nos concede um dom para as Artes, apenas com ele podemos servir, mas quando amamos aquilo que fazemos, e nos dedicamos para o serviço, buscamos melhoras nas artes. Amigos a unção sempre irá superar a técnica, mas podemos fazer com que elas estejam ligadas, igualmente uma música cantada, a letra pode ser linda, mas se a melodia não estiver boa tudo vai por água abaixo, bem assim e na Dança e no Teatro, exemplificando se não tivermos uma boa intonação, nossa voz pode não ser ouvida, e se for o caso de má dicção, ela não irá ser entendida, imaginemos que no Teatro, por exemplo, estamos em um programa de rádio e iremos anunciar uma noticia extraordinária a qual irá mexer em todas as pessoas, e na hora de falar, começa aquela chiadeira, nada será compreendido, a noticia não será entendida e passará despercebida pelos ouvintes, assim é o Teatro, iremos fazer uma peça, anunciar a mensagem de Deus, e se não trabalharmos nossas vozes ou cuidarmos devidamente dela, a mensagem irá ser prejudicada, e não chegará aos ouvintes corretamente, e aquela pessoa que estava na plateia não escutou o que Deus tinha para ela, foi embora. Existem muito exercício para a voz, seja para dicção ou não, busquemos técnicas, não esquecendo da unção.
Amigos, aquilo que nos é necessário para executar o serviço do Senhor, Deus nos concede através do Espirito Santo que nos conduz de forma reta, e ungidos por Ele o exercício do carisma é completo e duradouro, não apenas uma Arte que encanta com sua beleza, mas que edifica e trilha pelo caminho da conversão e constância no Senhor, todavia sem Ele, tudo ruma ao insucesso ou apenas o encantamento momentâneo, sem base tudo vai à ruína.
A arte em Deus há um poder imenso, que não é apenas para o quem o recebe, assisti, mas também para aquele que se coloca na presença do Senhor e a disposição do serviço, quer dizer quem a faz. Guiados e atentos aos desígnios de Deus, a Arte perpassa pela perfeição em Deus, a sua real beleza e poder.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

QUEM É O NOSSO IRMÃO?

É irmãos aquela coisa tosca era o Pé de nossa irmã Grace....Parabéns aos que acertaram.


Dica: tem até música....

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A ARTE DE ATUAR

Noções de Teoria do Teatro Parte III


Tragédia. O drama da tragédia apresenta o espetáculo de um ser humano se esfacelando contra obstáculos insuperáveis. A Tragédia é um confronto necessariamente destinado à derrota do herói, porque a vontade individual humana é lançada contra forças opostas maiores que ela. Portanto, a tragédia desperta compaixão, porque o herói não pode vencer –  e terror, porque as forças mobilizadas contra ele não podem perder. Mas, por outro lado, é evidente que a tragédia é em si um tipo mais elevado de arte. Na tragédia grega clássica, o indivíduo luta contra o Destino, uma força imponderável que domina igualmente as ações dos homens e dos deuses.
Porém, a partir do século XVII – nas tragédias representadas pela grande dramaturgia Elisabetana –, o indivíduo está predestinado ao desastre não mais devido à força do destino, mas por causa de certos defeitos inerentes à própria natureza humana; os personagens mergulham para a destruição por causa deles mesmos; os elementos do seu caráter tornam inevitável um determinado fim . O herói trágico se vê enredado no emaranhado que a fatalidade arma para os incautos. A morte do alpinista congelado pelas neves eternas, seria trágica. Sua ambição de proeminência como um esportista radical traz cada vez mais nela própria a possibilidade latente de seu fracasso em um extremo de estupendo esforço. Mostra a ruína de uma natureza heróica devida a uma ambição insaciável de superação, condenada por sua própria vastidão a derrotar a si mesma. Do autor da tragédia se exige, por esse motivo, que apresente uma inevitabilidade inquestionável  –  nada pode acontecer em sua peça que não seja um resultado lógico da natureza de seus personagens.

O Drama Social. O conflito inerente ao drama, a disputa que permite ao espectador tomar partido e se interessar pela representação no palco, encontrou um tema novo no século XIX: o poder econômico, rico e opressor, contra o qual o indivíduo pobre luta em vão, sem oportunidades, explorado pela classe economicamente dominadora, e que está condenado eternamente à sua miséria. Hamilton, acima citado, explica que o Drama Social surgiu como uma nova linha da tragédia em que as forças do destino se materializavam como forças das convenções sociais sobre a pessoa. O herói grego luta com o sobre-humano, o herói do drama elisabetano luta contra si mesmo, e o herói do Drama Social luta contra o mundo. Neste tipo de tragédia, o indivíduo é mostrado em conflito com o seu ambiente, e o drama trata da poderosa guerra entre o personagem e as condições sociais. Assim, enquanto os gregos religiosamente atribuíam a fonte de todo destino inevitável a uma predeterminação divina, e o teatro elisabetano a atribuía às franquezas de que a alma humana é herdeira, o dramaturgo moderno prefere atribuí-la cientificamente à dissensão entre o individuo e seu meio social.  
Mas, o sucesso que teria esse tema já anteriormente muito explorado, não seria devido apenas à simpatia e piedade das platéias para com os desvalidos, mas porque havia uma solução para o conflito que envolvia uma outra disputa, ainda mais séria e profunda, e assim fazia o drama duplamente apelativo e interessante para a platéia. É que, desde o final da Revolução Francesa (o período do Terror), se firmara uma corrente de pensamento adepta de Rousseau, segundo a qual somente uma pequena minoria de luminares e de hábeis e inteligentes políticos poderia por fim à injustiça social, e que esse fim era o desejo de todos como uma “vontade geral” dos homens. Essa “vontade geral” encarnada nessa minoria, era mais importante que a “vontade da maioria” democrática. Em oposição a essa corrente, os constitucionalistas acreditavam na democracia e no mercado livre, valorizando a consciência do indivíduo como capaz de fazer voluntariamente sua parte pelo bem social. A primeira  considerava a sociedade suprema, e o individuo subserviente; cada homem era suposto existir em benefício do mecanismo social do qual ele era uma peça. A segunda considerava o indivíduo como capaz de construir uma sociedade justa e democrática a partir do esforço pessoal de todos. O Drama social está baseado simultaneamente no conflito entre o indivíduo e a sociedade, e esta dividida na luta entre aquelas duas correntes de pensamento.
Esse novo filão temático garantiu o êxito não apenas na dramaturgia. Serviu também com imenso sucesso ao cinema, à literatura popular, ao discurso político, e inclusive a novas correntes religiosas, num tal paroxismo de fé que dos filmes, dos livros e da dramaturgia saltou para as paradas, passeatas, revoluções e praticamente toda forma de agitação do início do século XIX até o seu ocaso, no fim do século XX. Com a progressiva diminuição do interesse pelo Drama da injustiça social colocado nessas bases, a literatura e a dramaturgia buscaram o enfoque de outras formas de opressão social igualmente poderosas e trágicas, como o racismo, o preconceito contra minorias, o tabu do sexo, a hipocrisia social, e outros..
Melodrama. Diferentemente da Tragédia, o Melodrama expõe apenas o que pode acontecer, não o inevitável (O trágico expõe aquilo que está fadado a acontecer). Um homem perder a direção do carro em um dia de chuva e sofrer um acidente seria melodramático, porque poderia ser evitado . Tudo o que nós pedimos ao autor do melodrama é uma plausibilidade momentânea. Providenciado que sua trama não é impossível, não são impostos limites em sua invenção de um mero incidente. 
Comédia. Uma comédia é uma peça humorística na qual os atores dominam a ação. A comédia pura é o mais raro de todos os tipos de drama. Na comédia a ação precisa não somente ser possível e plausível, mas precisa ser um resultado necessário da natureza ingênua do personagem.