quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Formação

AFINAL, QUAL A NECESSIDADE DA ARTE?

Por que a Igreja do Deus vivo precisa tanto de nós artista (RVR 41)?

Se observarmos bem, vamos perceber que a arte esteve presente em toda a história da humanidade. O seu surgimento, inclusive, se confunde com o surgimento dela. Vemos isso nas pinturas rupestres e nas danças-rituais próprias de cada tribo ou povoados. Ela está presente também no cântico de vitória de Moisés ao celebrar a libertação do povo de Israel das mãos dos egípcios (Ex 15); no cântico de Débora quando levou Israel à vitória sobre Canaã (Jz 5); nos salmos de Davi; no salmo profético de Zacarias (Lc 1, 67); no Magnífica de Nossa Senhora (Lc 1, 46); e nos corpos, mãos e bocas de tantos outros que fazem a história do povo de Deus.
Assim podemos perceber que o homem sempre teve necessidade da arte, seja para se comunicar ou manifestar seus desejos e inquietações. Ao longo da história, a arte foi passando por diversas fases, sendo até mesmo censurada por ditadores de diferentes épocas e localidades, pois estes entendiam o poder que ela detinha. 

A arte é motivo de grandes mobilizações até os dias de hoje, e acredito que isso não vá mudar, já que muitos lutam por ela, muitos morrem defendendo a liberdade artística. Talvez não se tenha uma explicação científica precisa, mas o certo é que a arte alcança lugares e pessoas que as palavras não atingem. A simples tentativa de explicar o significado da palavra Arte rendeu livros, teses e textos desde Platão até o mais desconhecido dos escritores atuais.
Deus, em sua infinita sabedoria, viu o quanto a arte fascinava o seu povo e colocou, por amor e misericórdia, uma vocação no seio da Igreja com uma missão específica de evangelizar através das artes e, assim como fez com Adão, depositou em nossas mãos a responsabilidade de cuidar, e ensinar outros a cuidarem, desse precioso dom de Deus: a Arte.
Deus nos escolheu artistas para que o mundo possa ser atraído não para nossa arte, mas para Seu coração. A arte é o lugar do belo, é morada do belo; e o que poderia ser mais belo do que um coração divino, que se fez carne, se deixou ferir e ser aberto simplesmente para se derramar inteiro por cada um de nós?
Nossa arte deve rasgar véus, derrubar escamas, para que o olhar humano possa se encontrar com o olhar divino.
“A arte em si é fascinante, por isso devemos ter muito cuidado. 
Nosso amor e fascínio é por Deus e a arte é o instrumento 
que Ele nos deu para demonstrar esse amor.” (RVR 73)



Por: Débora Moreira – Comunidade Recado

Colaboração: Kathleen Tácila

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