AFINAL,
QUAL A NECESSIDADE DA ARTE?
Por que a Igreja do Deus
vivo precisa tanto de nós artista (RVR 41)?
Se observarmos bem, vamos perceber
que a arte esteve presente em toda a história da humanidade. O seu surgimento,
inclusive, se confunde com o surgimento dela. Vemos isso nas pinturas rupestres
e nas danças-rituais próprias de cada tribo ou povoados. Ela está presente
também no cântico de vitória de Moisés ao celebrar a libertação do povo de
Israel das mãos dos egípcios (Ex 15); no cântico de Débora quando levou Israel
à vitória sobre Canaã (Jz 5); nos salmos de Davi; no salmo profético de
Zacarias (Lc 1, 67); no Magnífica de Nossa Senhora (Lc 1, 46); e nos corpos,
mãos e bocas de tantos outros que fazem a história do povo de Deus.
Assim podemos perceber que o homem
sempre teve necessidade da arte, seja para se comunicar ou manifestar seus
desejos e inquietações. Ao longo da história, a arte foi passando por diversas
fases, sendo até mesmo censurada por ditadores de diferentes épocas e
localidades, pois estes entendiam o poder que ela detinha.
A
arte é motivo de grandes mobilizações até os dias de hoje, e acredito que isso
não vá mudar, já que muitos lutam por ela, muitos morrem defendendo a liberdade
artística. Talvez não se tenha uma explicação científica precisa, mas o certo é
que a arte alcança lugares e pessoas que as palavras não atingem. A simples
tentativa de explicar o significado da palavra Arte rendeu livros, teses e
textos desde Platão até o mais desconhecido dos escritores atuais.
Deus, em sua infinita sabedoria, viu
o quanto a arte fascinava o seu povo e colocou, por amor e misericórdia, uma
vocação no seio da Igreja com uma missão específica de evangelizar através das
artes e, assim como fez com Adão, depositou em nossas mãos a responsabilidade
de cuidar, e ensinar outros a cuidarem, desse precioso dom de Deus: a Arte.
Deus nos escolheu artistas para que
o mundo possa ser atraído não para nossa arte, mas para Seu coração. A arte é o
lugar do belo, é morada do belo; e o que poderia ser mais belo do que um
coração divino, que se fez carne, se deixou ferir e ser aberto simplesmente
para se derramar inteiro por cada um de nós?
Nossa arte deve rasgar véus,
derrubar escamas, para que o olhar humano possa se encontrar com o olhar
divino.
“A arte em si é fascinante, por isso devemos ter
muito cuidado.
Nosso amor e fascínio é por Deus e a arte é o instrumento
que Ele nos deu para demonstrar esse amor.” (RVR 73)
Por: Débora Moreira – Comunidade Recado
Colaboração: Kathleen Tácila
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