quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FORMAÇÃO

Teatro Sacro: Ministros em Ordem de Batalha

 

Enquanto estava na aula de história, o professor falava de como os gregos começaram a dar ideia do teatro, utilizando várias ciências, principalmente em sua forma: de concha, para que o som que batesse no muro pudesse ecoar para que tornasse mais alto, uma vez que não havia microfones na época.
O teatro, de forma geral, é a arte capaz de apresentar diversas formas de histórias, sejam elas dramáticas, épicas, cômicas ou de diversas outras formas. O teatro sacro tem a mesma forma, ou estrutura, para ser apresentado: roteiro, personagens, cenários, etc., mas há algumas diferenças, além do enredo ser voltado para que a graça possa acontecer nos assistentes ou ouvintes, nós também necessitamos da unção.
Aprendemos desde quando começamos a servir a Deus na evangelização através da arte que a unção supera a técnica! E por quê? Porque somos meros instrumentos de Deus para que Ele possa agir no outro. Mas para que ajamos pela graça, precisamos nos abrir; ou então agiremos pela misericórdia do Deus de pura Bondade e Amor.
Precisamos, portanto, experimentar a graça em nós, saber o que o Senhor quer de nós, para assim, como bonecos de marionete, nos deixar ser conduzidos por Ele. Mas, como bons servos, também precisamos dar o nosso melhor e ser fiel, afinal, se sou fiel no pouco Ele me confiará mais. É necessário que usemos também de técnicas: teatrais, vocais, etc., de forma que nos leve a conhecer cada fala e como é o personagem que Ele nos confiou.
Nós como ministros de arte devemos batalhar, estar atentos. Vamos pensar em um exército quando sai para se preparar, os soldados se exercitam, eles enfrentam os obstáculos, as dificuldades e chega uma hora que este exército estará pronto para batalha. Assim somos nós, precisamos nos exercitar, para na hora da batalha podermos vencê-la.” Padre Cleidimar.
Como bons soldados em ordem de batalha, necessitamos vigiar e orar, para que não caíamos em tentação. Tantos pecados que rodeiam os artistas cristãos: inveja, autossuficiência, vaidade, falsa humildade, superioridade e tantos outros. “Quando eu orar, a terra tem que estremecer. Quando eu orar, o Céu eu tenho que adentrar. Pois aquele que ora, em Deus já alcançou a vitória!” É nesta verdade que devemos rezar para que todo chegue ao Céu, a fim de que, como bons intercessores, a nossa arte também aja sobre aqueles que estarão a assistir.
Quando fazemos a nossa arte, se faz necessário que tomemos consciência de que não a fazemos para agradar aos homens, muitos menos para nos “aparecer”. É o próprio Jesus que nos diz Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens.” (Cf. Mt 6, 5), isto é, quando estiverdes a serviço, independente do qual, sobretudo na arte, escondei vossos rostos para que Ele seja a única luz a brilhar; que possamos ser o ostensório que O leva aos que precisam de nós, e como ostensórios, que estejamos também sempre perto Dele.
"A arte que não leva à vida leva à morte. Somos convidados a levar vida, esperança e beleza.” - Francisco Sobrinho
Que possamos fazer desta música a nossa oração de hoje pela nossa doação ao serviço que o próprio Deus nos confiou:
Eu não preciso ser reconhecido por ninguém,
A minha glória é fazer com que conheçam a Ti.
E que diminua eu, pra que Tu cresças, Senhor, mais e mais.
E como os serafins que cobrem o rosto ante a Ti,
Escondo o rosto pra que vejam Tua face em mim.
E que diminua eu, pra que Tu cresças Senhor, mais e mais.

No Santo dos santos, a fumaça me esconde, só Teus olhos me vêem.
Debaixo de Tuas asas é o meu abrigo, meu lugar secreto,
Só Tua graça me basta e Tua presença é o meu prazer!
Toque no Altar

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