quinta-feira, 31 de maio de 2012

OUSADIA DE MINISTRO


A arte de criar e recriar, um dom, capacidade de entregar sua vida

O dom de se criar algo é dar vida a uma história, a princípio pode ser realmente refletido, dessa forma o que deve ser realmente colocado em pratica no palco?  “Quantos e quantos de vocês já não se depararam com este dilema? Ainda com os olhos debruçados na primeira leitura do texto, entre as primeiras idéias sobre a nova montagem e até mesmo sem saber direito de que jeito colocar aquela história em cima de um palco, se você é ator de verdade, uma certeza se fez presente e você repetiu para si mesmo: terei de me reinventar mais uma vez como ator.”
                                            
É meus amigos, para quem pensava que atuar era só está em cima do palco falando meia dúzia de palavras decoradas, eis mais um pequeno detalhe que faz uma tremenda diferença na vida de qualquer ator: a capacidade de se reinventar em cena. A reinvenção de uma interpretação é o diferencial que mostra a real capacidade que um ator tem para entregar sua vida a tantos e tantos papéis.

“Pois está sobre um palco, dando vida a tantos personagens, é muito mais complexo do que se possa parecer. Vai muito além de ser alguém talentoso, ou de ser alguém deveras aplicado nas teorias e práticas da interpretação. Tudo isso junto e misturado com a criatividade é o que dá a capacidade para que um ator se reinvente sempre que decide dar vida a um personagem.” É assim, a vida do ator é uma eterna reinvenção e quanto maior a capacidade que o ator tem para se reinventar, mais admirado ele é.

Só vale a pena levar adiante uma montagem, se o ator estiver disposto a se reinventar, tantas e tantas vezes forem necessárias. “As mil facetas de um ator, seus infindáveis recursos de interpretação e sua enorme capacidade de se reinventar em cena, são como um verdadeiro colírio para o público sedento por um bom espetáculo.”

Assim, talvez por ser a real aptidão, bem mais simples do que reinventar em cena é se reinventar para contar sempre uma mesma história de uma forma diferente.

 Por Edla

quarta-feira, 30 de maio de 2012

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


 
Desde pequena apanhava bastante de meus pais, mas isso era o de menos. O que trago de bagagem é o trauma que tive durante a infância. Eu tinha muito medo de escuro, e o meu castigo era ficar sentada na cadeirinha, e mais ainda, no canto mais escuro da casa. Cresci atormentada por esse medo, incrédula da vida, incrédula de um Deus que nem sequer sabia eu que existia. Ora, enquanto estava no meu cantinho, chorando e com carga imensa de medo, apareceu para mim alguém, quer dizer, não sei bem dizer o que era. Só sei que brilhava muito e que encantava os meus olhos. Mas, rapidamente desapareceu. Eu estava curiosa, era uma luz que me livrava daquele escuro, e fazia meu medo diminuir, me sentia confortável. Novamente fui colocada naquele cantinho, ansiava por aquela luz, e ela novamente apareceu. Só que dessa vez eu vi mais, muito mais, eu vim um rosto: era lindo, sorria como ninguém, seus olhos brilhavam, suas vestes eram brancas, seu rosto era bem desenhado, sem deformação alguma; era perfeito. Chegava cada vez mais perto, meu coração acelerava. Foi aí que então Ele estendeu a mão, estava ferida, eram chagas abertas. Sim, era Jesus. Ele se aproximou de mim, sentou ao meu lado, me abraçou e, sussurrando em meu ouvido, disse-me: não tenhas medo, Eu estou contigo!
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Conta-se a história de um homem que estava enfermo, a doença correspondia às bebidas alcoólicas que aos poucos corroíam seu estomago, deixando-o enfermo.  Era um homem já com seus cinqüenta anos, tinha três filhos, apenas uma mulher, de muita fé por sinal.
Com muito amor, foi visitá-lo esta a qual ele amava tanto. E chegando lá, sua filha puxou a cadeira e a pôs ao lado da cama. Sentou-se, conversou e aconselhou a ter uma conversa com Deus. Mas, birrento que era, negou e pediu, quase sem forças, que ela parasse com essa história de Salvador. Retirou-se daquele lugar dando um beijo em seu pai.
Dois dias depois, ela recebeu uma ligação de sua mãe em prantos pedindo que fosse a casa, pois havia acontecido algo de extraordinário. Sua mãe soluçava, estava em pranto, ela então ficou apavorada e correu.
Chegando ao quarto em que seu pai estava, simplesmente viu a Bíblia em cima da cama. Mais ainda, seu pai estava com a cabeça deitada na cadeira, com seu corpo no chão. Sim, ele já estava morto. Ao ver aquela cena não conseguiu se conter, lágrimas caíam do seu rosto e um sorriso abriu.
Sua mãe não entendeu, e ela simplesmente disse: ele descansou em paz, ele descansou nos braços do Pai.
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Kathleen Tácila

segunda-feira, 28 de maio de 2012

OUSADIA DE MINISTRO


Capacitados para servir
Pentecostes é uma graça constitutiva - “que faz parte” - do grande mistério pascal, pelo qual o Filho - o Verbo de Deus encarnado - obteve para nós a remissão de nossas faltas e a garantia de participação na vida eterna, na comunhão com a Trindade Santa, Deus tem um propósito especial e muito definido ao nos dar o seu Espírito Santo: tornar possível a continuidade da graça da salvação para todas as gerações que se sucedem à morte e ressurreição de Cristo (cf. DIM, 1; DeV, 22 e 67). “ Recebereis o poder do Espírito Santo e então sereis minhas testemunhas [...] até os confins do mundo”, nos esclarecia Jesus (cf. At 1,8). “Assim como o Pai me enviou, assim estou enviando vocês [...]: recebam (para isso) o Espírito Santo! E o que vocês perdoarem, estará perdoado (cf. Jo 20, 21-23). O Espírito, pois, nos é dado não apenas como “penhor da nossa herança” eterna (cf. Ef 1 13-14; Gl 4, 6-7, Ti 3, 5-7), mas também para que posamos testemunhar a respeito da obra de Jesus (cf. Jo 15,26-27). “... é missão do Espírito Santo também o transformar discípulos em testemunhas de Cristo” conforme nos recorda João Paulo II, em sua Encíclica Catechese Tradendae, n. 72.
O Catecismo da Igreja católica (n.683) nos diz que “sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo.” E Paulo VI, em sua Encíclica Evangelli Nuntiandi, n.75, nos ensina que “nunca será possível haver evangelização sem a ação
do Espírito Santo [...] Ele é aquele que, hoje ainda, como nos inícios da Igreja, age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia encontrar, ao mesmo tempo que predispõe a alma daqueles que escutam, a fim de a tornar aberta e acolhedora para a Boa Nova e para o reino anunciado. As técnicas da
evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não poderiam substituir a ação discreta do Espírito Santo. A preparação mais apurada do evangelizador nada faz sem ele.
De igual modo, a dialética mais convincente, sem ele, permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E, ainda, os mais bem elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem Ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.” Ou seja, é possível ter-se uma abundância de programas, de planejamentos, de projetos, e até de boas intenções, mas se não levarmos em conta, de modo efetivo e experiencial (e não apenas com retórica sociológica e teológica) a participação livre e soberana do operar do Espírito, podemos fazer muito barulho e colher poucos resultados em nosso trabalho de evangelização. Quem não leva à missão os recursos do poder do Espírito, dá de si mesmo; e o que nós temos a oferecer é sempre pouco para tocar o coração dos homens - uma vez que a mensagem cristã contém elementos que vão além da simples capacidade de compreensão intelectual, racional, dos seres humanos.
Desde os primórdios da evangelização, Paulo ressaltava: “O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação” (1 Tes 1, 5). E mais: “Também eu, quando fui ter convosco, irmãos, não fui com o prestígio da eloqüência nem da sabedoria anunciar-vos o testemunho de Deus. Julguei não dever saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Eu me apresentei em vosso meio num estado de fraqueza, de desassossego e de temor. A minha palavra e a minha pregação longe estavam da eloqüência persuasiva da sabedoria; eram, antes, uma demonstração do Espírito e do poder divino, para que vossa fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Cor 2,1-5) O Concílio Vaticano II, em seu documento sobre o apostolado dos leigos (Decreto Apostolican Actuositatem, n. 3), advertia: “Impõe-se pois a todos o dever luminoso de colaborar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e acolhida por todos os homens em toda a parte.
Para exercerem tal apostolado , o Espírito Santo - que opera a santificação do povo de Deus por meio do ministério e dos sacramentos - confere ainda dons peculiares aos fiéis (cf. 1Cor 12,7), “distribuindo-os a todos, um por um, conforme quer” (1 Cor 12, 11), de maneira que “cada qual, segundo a graça que recebeu, também a ponha a serviço de outrem” e sejam eles próprios “como bons dispensadores da graça multiforme de Deus” (1 Pd 4, 10), “para a edificação de todo o corpo na caridade” (cf. Ef 4,16).
A obra da Salvação é uma obra de Deus. E para realizar e cooperar com a obra de Deus, precisamos do poder de Deus, conforme nos foi prometido e dado (At 1,8). Assim como é louvável buscarmos o mais frequentemente possível a comunhão com o Senhor na Eucaristia, de igual modo é salutar pedirmos ao Senhor que nos batize, que nos sature constantemente com seu Espírito, capacitando-nos adequadamente para a missão. Abrir-se, pois, ao Espírito Santo e aos seus dons e carismas é a forma concreta de nos deixarmos interpelar por Sua Palavra e respondermos com fé e generosidade ao chamado que Deus, privilegiadamente, nos fez em Jesus Cristo , pelo Espírito! Amém!



Por: Renato Alves - Ministro de Artes

 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A ARTE E A REFLEXÃO

“Mas o Senhor disse: Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração.” 1Samuel 16,7