quarta-feira, 7 de março de 2012

ESTUDO BIBLÍCO

ESTUDO BÍBLICO

Allano Augusto
Membro GO Vida Nova, RCC

QUEM FOI PÔNCIO PILATOS?


Pôncio Pilatos, também conhecido como Pilatos (latim: Pontius Pilatus). Ele governou a Província da Judéia entre os anos (26 e 36 d.C.). O cargo que ele exerceu foi o de praefectus (prefeito), titulo confirmado por uma inscrição que apareceu na cidade de Cesáreia. Os quatro evangelhos referem-se a ele de forma particular como "Governador".

PEDRA ENCONTRADA EM CESAREIA DE FILIPOS COM O NOME DE PÔNCIO PILATOS:
 

Na Sagrada Escritura encontra-se a referência do seu nome romano (Pontius Pilatus), que também é confirmado na inscrição do achado arqueológico acima. Vejamos agora, os trechos bíblicos: “No ano décimo quinto do reinado do imperador Tibério, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia” (Lc 3, 1). “Pois, na verdade, se uniram nesta cidade contra o vosso santo servo Jesus, que ungistes, Herodes e Pôncio Pilatos com as nações e com o povo de Israel” (Atos 4, 27).
A PERSONALIDADE DE PILATOS

Segundo Filon, escritor judaico do primeiro século, em Alexandria, no Egito (25 a.C. – 50 d.C.) escreveu: “Era cruel, a sua frieza de coração não conhecia a misericórdia. No seu tempo reinavam na Judéia a corrupção e a violência, o roubo, a opressão, as humilhações, as execuções sem processo legal e crueldade sem limites.” Fala também de certos escudos dourados com o nome do imperador os quais fez colocar no palácio de Herodes em Jerusalém. Vale ressaltar ainda, que Pilatos era inimigo de Herodes Antipas (rei da Província da Galileia), mas ficaram amigos após este ter recebido Jesus das mãos de Pilatos. “Naquele dia, Pilatos e Herodes fizeram as pazes, pois antes eram inimigos um do outro (Lc 23, 12).
 

Flávio Josefo foi um historiador judeu que viveu entre (37 e 103 d.C.), também registrou alguns episódios da vida de Pilatos:

1ª citação:

Certa feita, Pilatos mandou levar, de noite, para Jerusalém, um certo número de imagens veladas do César, que os romanos chamavam de ‘estandartes’. Mal o dia clareou, uma grande agitação tomou conta da cidade. Todos quantos chegavam perto enchiam-se de indignação com o espetáculo, que eles tomaram como uma zombaria grave à lei que proibia colocar qualquer imagem que fosse no interior da cidade. Pouco a pouco a exacerbação dos habitantes da cidade atraiu grandes multidões de pessoas que moravam no campo. E todos se dirigiram a Cesaréia, para falar com Pilatos. Suplicavam-lhe que mandasse tirar as imagens de Jerusalém e desistisse de agir contra as normas da religião judaica. Pilatos recusou-se a atender ao pedido deles. Então os judeus se lançaram por terra e ficaram imóveis, no lugar, durante cinco dias e cinco noites (JOSEFO, p.169).
2ª citação
No sexto dia Pilatos sentou-se numa tribuna, no grande hipódromo da cidade, e convocou o povo, como se quisesse comunicar-lhe uma notícia. Em seguida, porém, fez aos soldados o sinal antes combinado, para cercarem os judeus, de armas na mão. Envolvidos por três fileiras de homens armados, os judeus foram tomados de violenta comoção diante do fato inesperado. Pilatos mandou massacrá-los, caso não admitissem a presença de imagens do Imperador em seu meio. Fez então novo sinal aos soldados para desembainharem as espadas. Os judeus, à uma, jogaram-se por terra, como se tivessem combinado entre si, e ofereceram o pescoço desnudo, declarando em alta voz que preferiam deixar-se matar a transgredir a Lei. Esta atitude heróica do povo em defesa de sua religião causou grande espanto em Pilatos. Ele ordenou, então, que as insígnias do Imperador fossem retiradas de Jerusalém (JOSEFO, p. 174).

Josefo relata em outro momento que Pilatos usou o dinheiro sagrado para construir um aqueduto. A decisão levantou uma revolta que foi sangrenta. Alguns pensam que este é o fato ao qual faz referência Lucas capitulo 13, versículo 1, vejamos o trecho: “Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios”.

A RESIDÊNCIA DE PILATOS
 

O Prefeito Pôncio Pilatos não residia em Jerusalém, mas na cidade de Cesaréia que fica na costa do Mediterrâneo, era uma cidade Romana Fundada pelo Rei Herodes no século I antes de Cristo. Vale lembrar que Cesaréia foi assim denominada por Herodes em homenagem ao imperador romano César Augusto. A cidade foi detalhadamente descrita por Josefo (Antigüidades XV pág. 331 e seg.; Guerra I, pág. 408 e seg.). Era uma cidade murada, com o maior porto na costa oriental do Mediterrâneo, chamada Sebastos, o nome grego do Imperador Augusto. Já, a cidade de Jerusalém ficava a fortaleza Antonia, onde Pilatos ficava hospedado nos dias festivos (páscoa) ou quando tinha que resolver urgências administrativas na província judaica. Vejamos o mapa:


A ESPOSA DE PILATOS, CLÁUDIA PRÓCULA (SANTA CLÁUDIA)

Na Bíblia, a única referência à esposa de Pilatos se encontra em uma passagem de Mateus, capítulo 27, versículo 19, em que ela manda uma mensagem a seu marido pedindo a ele que não condene Jesus Cristo à morte, dizendo “Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua, mulher lhe mandou dizer: Nada faças a esse justo. Fui hoje atormentada por um sonho que lhe diz respeito.” Já, as tradições cristãs mencionam que a esposa de Pilatos se chamava Cláudia Prócula que foi canonizada pela Igreja Primitiva como Santa Cláudia.



A MORTE DE PILATOS

Segundo o bispo, historiador e teólogo neoplatonista grego Eusébio de Cesaréia (263-340), em sua História Eclesiástica, o ex-prefeito foi desprezado pelo novo imperador, Caio Calígula (12-41), e cometeu suicídio em seguida, no ano seguinte a destituição do cargo.

Um comentário:

  1. Muito bom o estudo!!! É mt santo qt nos envolvemos com o personagem para podermos levar melhor a vidado nosso Senhor.
    Parabéns pelo post.

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