quinta-feira, 29 de março de 2012

FORMAÇÃO

A arte e a beleza

A Igreja, falando da criação do homem à imagem e semelhança de Deus, ensina que "as múltiplas perfeições das criaturas (a sua verdade, a bondade e a beleza) refletem a perfeição infinita de Deus" (Cat, 41). Portanto, Deus é Verdade, Bondade e Beleza!
Com efeito, ao contemplar a obra que acabara de criar, Deus viu que tudo era bom; viu também que tudo era belo. Segundo a versão grega da Bíblia dos Setenta. Bondade e beleza são faces de uma mesma moeda, segundo o Papa João Paulo II: "Em certo sentido, a beleza é a expressão visível do bem" (Carta aos Artistas, 3). Os artistas manifestam em suas obras, um pouco de sua personalidade, de sua visão de mundo... comunicam ao mundo um pouco de sua alma, de si mesmo. Deus, que na criação manifesta algo de si, contempla sua criação e a vê bela: Deus é Belo!
No curso da história, o Deus-Beleza tem sido cantado e proclamado constantemente. É bastante conhecida a confissão de Santo Agostinho: "Tarde vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova..."; São Francisco de Assis, no século XIII, após receber os estigmas, dizia a Jesus: "Vós sois beleza... Vós sois beleza"; Santa Teresa de Jesus, no século XVI, poetizava: "Formosura que excedeis a todas as formosuras..."
Nos últimos tempos, para usar as palavras do Papa, "a Igreja está especialmente interessada no diálogo com a arte" (Carta aos Artistas, 10), por reconhecer que a beleza de Deus é a porta que conduz o homem moderno a Ele. Num mundo secularizado, que relativiza a verdade e individualiza a bondade, a beleza é a via que, sutilmente, toca o coração do homem e o eleva às alturas. Os Bispos conciliares já explicavam essa realidade: "O mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero. A beleza, como a verdade, é o que traz alegria ao coração dos homens" (AAS 58 (1966),13).
João Paulo II diz ainda: "Para transmitir a mensagem que Cristo lhe confiou, a Igreja tem necessidade da arte" (12). E quantas vezes, no curso dos séculos, a Escritura se manifesta através das diversas expressões das artes: música, arquitetura, pintura, teatro, dança, literatura... As mais modernas formas: expressão gráfica, grafitismo, paisagismo, design, decoração, moda... também começam a dar seu contributo. E têm muito mais a fazer.
Sobre os artistas, o Papa escreve que eles são privilegiadíssimos, pois "na criação artística, mais do que em qualquer outra atividade, o homem revela-se como imagem de Deus (...) Com amorosa condescendência, o Artista divino transmite uma centelha da sua sabedoria transcendente ao artista humano, chamando-o a partilhar do seu poder criador (...) Por isso, quanto mais consciente está o artista do dom que possui, tanto mais se sente impelido a olhar para si mesmo e para a criação inteira com olhos capazes de contemplar e agradecer, elevando a Deus o seu hino de louvor" (Carta aos Artistas, 1).
É preciso dizer que nem todos são chamados à criação artística, mas todos os homens são chamados a viver a dimensão do belo, pois Deus é belo e espera de nós uma vida bela. A todos, e em especial aos que receberam o dom da arte, é preciso que se diga: a primeira verdadeira obra de arte que se deve fazer não é a escultura, a música, a poesia... mas a própria vida. A vida deve ser uma expressão de beleza, de verdade e de bondade.
A Pietà de Michelangelo
Chiara Lubich
"Madonna" bela de Michelangelo, estás naquela capela da basílica de São Pedro, e cada vez que te olho pareces mais bela. Passam-se dias, anos, séculos, e homens do mundo inteiro e de todas as épocas acorrem para te ver e tu deixas no espírito deles algo de sublime e suave. Dás a quem te admira uma sensação de felicidade: parece que tocas o âmago de toda alma humana, e este raio celeste, que parte de ti, atinge o centro imortal do homem, de todo homem, de ontem, de hoje, de sempre.Quando as tragédias do viver humano me entristecem, quando a televisão, com seus programas, me humaniza mas não me eleva, quando o jornal com as suas crônicas sempre iguais me deixa melancólica, quando a dor me atormenta a alma e o corpo, olho-te e me sinto aliviada.
Há em ti algo que não morre.
(...) Hoje, ao contemplar-te, "Madonna" bela, pensava: quão sublime e divino é o efeito de uma obra de arte. Testemunha a imortalidade da alma, porque se o objeto plasmado não morre, é arte justamente por ser imortal - isto é, não passa enquanto existir - quem te fez não pode morrer. Pareceu-me então que a arte se elevasse a alturas incalculáveis e a beleza fosse, assim como a verdade e a bondade, matéria-prima do reino celeste que nos espera, e tive a impressão de que, sem saber, os verdadeiros artistas têm uma missão apostólica.
(...) Em todo caso, basta que o artista plasme na obra a sua alma. E a alma do artista, ainda que seja ateu, é imortal.
A alma é imortal porque é "una". Por ser "una" não pode desfazer-se, dividir-se. E aqui está, acredito, a primeira causa da obra de arte.
Se o conteúdo da filosofia é a verdade, o conteúdo da arte é a beleza. E a beleza é harmonia, o que significa "altíssima unidade". Ora, quem saberá compor em harmonia as cores e os elementos de uma pintura senão a alma do artista, que é "una", à imagem de Deus que a criou?
É a alma humana, reflexo do céu, que o artista transfunde na obra, e nesta 'criação', fruto do seu gênio, o artista encontra uma segunda imortalidade: a primeira em si, como todo homem nascido nesta terra; a segunda nas suas obras, por meio das quais ele se doa à humanidade no decorrer dos séculos.
Talvez o artista seja quem mais se aproxima do santo. Porque se o santo é aquele prodígio que sabe dar Deus ao mundo, o artista, de um certo modo, doa a criatura mais bela da terra: a alma humana.
Foi isto que meditei diante de ti, "Madonna" bela de Michelangelo. E como a ti falei, a ti faço um pedido: olha os artistas, que te contemplam cada dia, com olhar materno, e sacia esta sede de beleza que o mundo sente. Manda grandes artistas, mas plasma com eles grandes almas, que, com o seu esplendor, encaminhem os homens ao mais belo dentre os filhos dos homens, o teu doce Jesus.

terça-feira, 27 de março de 2012

FORMAÇÃO

A Dança Litúrgica
 
Jesus nos deu uma ordem: "Ide e pregai o evangelho", é para isto que devemos usar as nossas habilidades.
A dança é para expressar, louvar e adorar a Deus e impactar o mundo com nossa expressão corporal chamando-o para o reino.
"Porque fostes comprados por alto preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo". (I Coríntios 6:20).
Dançar é definido como uma manifestação instintiva do ser humano. Antes de polir a pedra e construir abrigos, os homens já se movimentavam ritmicamente para se aquecer e comunicar.
Considerada a mais antiga das artes, a dança é também a única que dispensa materiais e ferramentas. Ela só depende do corpo e da vitalidade humana para cumprir sua função
Dança, em sentido geral, é a arte de mover o corpo seguindo uma certa relação entre tempo e espaço, estabelecida graças a um ritmo e a uma composição coreográfica.
Toda vez que nos colocamos perante a igreja para ministrar com dança, é como se nosso coração tivesse uma expectativa de saber como Deus irá receber o nosso louvor. Cada vez que entramos na presença do Senhor, tudo parece novo e sua presença sempre nos traz coisas novas.
Devemos lembrar também que há um grande mover de Deus nas artes nesses últimos tempos, com a restauração da espontaneidade e expressividade no meio da Igreja. A expressão do nosso coração nos dá a oportunidade de chegarmos a Deus com todo o nosso ser, com tudo o que temos e o que somos, afinal somos livres pela graça de Jesus!
Uma condição essencial e obrigatória para o ato da adoração é a santidade. Não há nada que agrade tanto o coração do Pai do que uma adoração sincera, verdadeira e pura. A dança também pode expressar este tipo de adoração
Muitas vezes não entendemos que Deus criou todas as coisas, e não "só algumas" e todas as coisas são para o reino Dele. Às vezes costumamos limitar a presença de Deus em nosso meio achando que Ele se manifesta da maneira como pensamos ou queremos. Assim impomos situações e criamos preconceitos, sem saber que Deus pode receber o nosso louvor independente da arte que está sendo utilizada (música, dança, mímica, teatro etc).
A dança é uma possibilidade de linguagem. Na Bíblia podemos encontrar inúmeras citações sobre a dança usada para o louvor e nos momentos de celebrações. O povo de Deus, no Antigo Testamento, por exemplo, dançava em suas festas com expressão de júbilo e agradecimento diante do Senhor. No livro de Samuel podemos observar que Davi adorava a Deus com todas as suas "forças" e é assim que temos que adorar a Deus, com todas as nossas forças. Foi o mesmo Davi que dançou e saltitou alegremente quando a Arca chegava em Jerusalém.

quinta-feira, 22 de março de 2012

FORMAÇÃO

Artes Sacras e as Sagradas Alfaias

As Artes Sacras ou Artes Religiosas são manifestações artísticas, objetos que são usados na Igreja para as Celebrações Litúrgicas ou para a catequese. Elas tendem a exprimir, pelas mãos do artista, a infinita beleza de Deus, contribuindo e conduzindo o espírito do homem até Ele (SC 122). As artes trazem uma concepção teológica que tem como finalidade propiciar ao povo cristão a experiência da leveza e beleza espiritual que se manifesta como louvor a Deus. Os objetos artísticos religiosos ajudam o povo a contemplar o mistério na medida em que fazem interiorizar e sentir o religioso manifestando-se em suas vidas. A SC cuidou para que também a Arte Litúrgica, seguisse a orientação cristocêntrica do Concílio, isto é, buscou destacar que tudo deve estar em função do Cristo. A Igreja não possui um estilo próprio de arte sacra ou religiosa, mas aceitou e aceita todas, de todas as épocas, e defende que seja também cultivada a Arte do tempo presente, de todos os povos e regiões. E, toda arte que serve de instrumento, de sinal e de símbolo do sobrenatural é amada pela Igreja, que deve ter o zelo na sua escolha, optando por obras que estão de acordo com a fé, a piedade e as orientações da tradição para serem objetos dignos, decorosos e belos ao culto. (SC123). Tanto a Introdução do Missal Romano como dos Rituais Sacramentais trazem, em si, estas orientações.
Os artistas conseguem traduzir em suas obras os sentimentos e a alma do povo, por isso, a Igreja tem necessidade de novos artistas para que surjam novas manifestações de fé através da arte. No Brasil, a Arte Religiosa pode ser constatada nas construções das Igrejas, na beleza das imagens, na dança e na pintura. Atualmente, muitas Igrejas recorrem à pintura de murais em seus interiores. Especialmente as CEB’s, com os seus famosos painéis produzidos pelos Encontros Inter Eclesiais, fizeram surgir uma arte iconográfica própria, que enaltece a dimensão comunitária da fé.
Nesta perspectiva confirmam-se, na prática, as palavras que o Papa Paulo VI dirigiu aos artistas na conclusão do Concílio: Hoje como ontem, a Igreja tem necessidade de vós e volta-se para vós. E diz-vos pela nossa voz: não permitais que se rompa uma aliança, entre todas, fecunda (Paulo VI “Aos Artistas”, 1963).
Um outro tipo de arte utilizada nas Celebrações Litúrgicas são as Alfaias, ou seja, os objetos que estão a serviço da Liturgia – mais propriamente, todos os vasos sagrados e paramentos litúrgicos utilizados pelos ministros ordenados. São eles:
Cálice: é o Vaso Sagrado por excelência e está reservado para consagração do Vinho.
Patena: é um pequeno prato, de material nobre na sua parte côncava, usado para colocar a hóstia grande que será consagrada, e também para recolher os fragmentos das partículas que caíram no corporal, sobre o altar depois da comunhão.
Pala: é utilizada para cobrir o cálice durante a Santa Missa.
Corporal: Corporale = corpo, é um tecido branco quadrado que é aberto sobre o Altar e sobre ele são colocados o Cálice e a Patena.
Sanguíneo: é um tecido usado para enxugar os lábios e os dedos do Sacerdote e, também, o Cálice depois da Comunhão.
Âmbula: é o vaso utilizado para colocar as hóstias que serão consagradas durante a Missa e distribuídas aos fiéis na comunhão.
Lavabo: é formado por uma jarra e uma bacia, utilizados para o Sacerdote lavar as mãos depois das oferendas.
Manustérgio: toalha utilizada para enxugar as mãos do Sacerdote.
Galhetas: levam o vinho e a água que são utilizados na Celebração Eucarística.
Túnica: Vestimenta do Sacerdote
Estola: que representa a autoridade do Sacerdote como o Ipse Christus, o Mesmo Cristo.
Casula: Capa usada por cima da Túnica e da Estola, usada comumente nas celebrações em dias de Festas e Solenidades.
A SC determina aos Bispos que tenham cuidado em retirar da casa de Deus, e de outros lugares sagrados, as obras de artes que não sejam condizentes com a fé, os costumes e a piedade cristã. Que a construção dos Edifícios Sagrados estejam preparados para realizar as ações Litúrgicas com a participação ativa dos fiéis. Que tanto a Arte Sacra quanto as Alfaias Litúrgicas, sejam preferidas as mais simples e nobres, não necessitando ser suntuosas (SC 124). E, que as imagens nas Igrejas estejam dispostas, em número comedido e nas devidas ordens, para a veneração dos fiéis (SC 125).
Recomenda também aos Bispos, a formação dos artistas e a criação de Escolas ou Academias de Arte Sacra onde parecer oportuno; e a vigilância no que diz respeito à construção funcional e digna dos edifícios sagrados e dos altares, a nobreza, a disposição e a segurança dos Sacrários, a dignidade do Batistério, a decoração e os ornamentos, para que estejam de acordo com a reforma da Liturgia (SC 127, 128).

quarta-feira, 21 de março de 2012

A ARTE DE ATUAR

OS MELHORES EXERCÍCIOS DE DICÇÃO

PARA VOCÊ TER UM MELHOR DESEMPENHO PROFISSIONAL

Você está muito triste com sua voz? Acha que ela é uma taquara rachada? Sente que sua
fala mais parece a de um sapo resfriado? Bem, não precisa ficar preocupado. Sua cor
faríngea não vai dar para mudar porque seu esqueleto ressonancial já está formado, mas
nem tudo está perdido. Não há exercício capaz de fazer você ter a voz do Cid Moreira.
Lembre-se de que voz é personalidade, não sons jogados aos ares. Você acha a voz do
Renato Aragão bonita? Escute a voz dele só um pouquinho. Eta, voz feia, hem? Mas sabe
por que você achou a voz dele feia? Porque eu tirei a voz de dentro da personalidade dele e
pedi que você ouvisse só a voz dele sem o Renato Aragão dentro. Agora responda: você
consegue imaginar uma outra voz para o Renato Aragão que não seja aquela dele? Você
consegue imaginá-lo com a voz do Cid Moreira? Que feio, hem? A conclusão de tudo isso,
então, é que voz é personalidade. Sabe qual a melhor voz para você. É aquela que Deus lhe
deu. Acredite nisso e vá em frente sem complexos.
Bem, você não muda seu timbre, mas você pode melhorar sua dicção, sua entonação, sua
modulação e sua intensidade. Como? Com alguns exercícios. Faça-os e veja os incríveis
resultados que você obterá:

1. SE O SEU PROBLEMA É ARTICULAÇÃO DE ENCONTROS CONSONANTAIS
LEIA EM VOZ ALTA ESSAS FRASES APARENTEMENTE “LOUCAS”.
CR -O crépido crepúsculo da crendice creditou a crença na criação crente.
A cretinização do cretense cravou a cruz crócea na cromática do croinha.
CL -Na clava do clássico clarim clareou a clemência do clero clínico. A clina do
claro ciclita clamou à clã eclética.
BR -brejal brenhoso brilhou na bruma. Os bruxos do breu bravo bravejaram o
bramoso brechão do brasílico.

PR -O pracista pragmático praguejou na praça prática da Pátria prásia.

PL -O plágio do plástico platonista pleiteou o plantão plenipotente do plévio pleito

da plenitude.
TR -O tribunal triclínico do trombeteiro triunfou no trono trópico do triturado
triunfo triste.
GR -A gramática gritou o gráfico do grafólogo graduado em granita exgranizada
grecânia.

2. SE O SEU PROBLEMA É DITONGOS, TRITONGOS E HIATOS ARTICULE
ESSAS FRASES:
O aio da aia aiou aiuê / aio da aia aiou aiuê / O aio da aia aiou aiuê.

O réu Leléu tirou o véu seu para ver o céu.

A saia da Maia baila na paina e vaia a faina.

Os cristãos celestiais põem os corações sobre as mãos de Deus.

3. PARA ARTICULAR AS VOGAIS PRONUNCIE ALTO:
A -A aramaica falava da clara mata pois cantava a alva Lalá alada
E -Belelelê fez belelelé para a lebre a leve do célebre dendê do Belém.

O -O ovo do lodo não monologou o sono do osso horroroso nem tomou o poço
nono do pomposo vovô. .

I -O impossível Quindim quis tinir tintin pinintintin sem sirlinlin.

U -O mumu sem zunzum do urutu e uruçus furtou o vulto do Dudu.

4. MAS SE O SEU PROBLEMA É ARTICULAÇÃO DE CONSOANTES, LEIA EMVOZ ALTA ESSES EXERCÍCIOS:
(Construtiva fricativa labiodental sonora)

V

O Veda vazou a valeta do vale para valer valentemente. O valenciano velou o valão
vocal numa vacilação vadia. O vagonete variável vai variado para a vaticinante vatinga. A
vela do vedóia vedou a volta do vigoroso vazanteiro.

(construtiva fricativa labiodental surda)

F

O forte fossilizado ofuscou o fragor do frade. O fotófobo fugiu da fotocromia
fragmentada. A fraga foi ferida pela francesa fornalha do funcional fumívoro forqueado.

(oclusiva bilabial sonora nasal)

M

Mandado manchar o manaié o manajeiro mandou o maníaco manipular a mantilha.
O manuseio mais maravilhou o mameluco mambira O mamífero mamote mastigou a
mamoma mamiforme. O mamulengo do mamute melodiou o mama-mamá para a
mamãezinha malsã.

(oclusiva bilabial sonora oral)

B

A boneca boba borrifada pela botica bailava no box. O brado do botelheiro braçal
brevejou o bamboleio do braçal búzio. A bússola do broeiro bromou na bruguéia broqueada
sem o brio do brilhante brinde do bragantino brônzeo e brunido. A brutalidade do brutal
barbarizou a bananeira baiana do bandeiro bancado.

(oclusiva linguodental surda)

T

Tiraram o tição da tulha tunesiana que entulhou Tupã de tumulto torpe. Tereza
tem tudo triplicamente no tanque tomista. O teorético téologo do teorema teorizou a
teogonia. O tagal trocou a tagarela pelo tagaté tafona da talentosa Tatúia.

(oclusiva labiodental sonora)

D

Dedé, Dodó e Dudu dedilharam o decurso do dédalo com dedicação definida. A
dedicada decrépita datilografou o decomposto débito do decaído. O decalque do decálogo
do didi dinâmico debilitou a debutante Dadá.

(construtiva lateral alveolar sonora ápico-alveolar)

L

O lince sonolento levou a linda Línea para o lago lamuriante da lápide lavada.

O latifloro da latência lírica latejou o línquem leve do tumulto das libélulas liriais.

Maurício Góis
É empresário, palestrante, autor e estrategista.

terça-feira, 20 de março de 2012

ESTUDO BIBLÍCO


ESTUDO BÍBLICO

Allano Augusto
Membro GO Vida Nova, RCC


JESUS DIANTE DE PILATOS E HERODES

Olá queridos leitores, hoje irei aborda a situação do julgamento de Jesus, ocorrido na Sexta-Feira Santa. Espero que seja de grande utilidade para vocês leitores refletir e estudar essa passagem bíblica da vida de nosso Mestre Jesus. Vamos lá!
 


Segundo, o historiador Flávio Josefo que viveu entre (37 e 103 d.C.), escreveu: “além das duas fortalezas existentes em Jerusalém, uma no palácio real, (...) e a outra cujo nome era Antônia e que ficava próximo do Templo” (2005, p.59). Vale ratificar que Jesus de Nazaré foi julgado pelo Prefeito da Judéia Pôncio Pilatos no edifício da Fortaleza Antônia chamada nos Evangelhos de Pretório. No livro dos Atos dos Apóstolos, que narra à prisão de Paulo em Jerusalém, descreve que na entrada da Fortaleza Antônia havia uma escadaria. Vejamos o trecho bíblico: “Quando Paulo chegou às escadas, foi carregado pelos soldados, por causa do furor da multidão. O povo o seguia em massa dizendo aos gritos: A morte!” (21,35). Então, é provável que o enredo inicial do julgamento de Jesus aconteceu na escadaria da Fortaleza Antônia. Notemos a seguir:

1º ATO
Logo pela manhã se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-nos a Pilatos (Mc 15, 1). / Era de manhã cedo. Mas os judeus não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?” Responderam-lhe: “Se este não fosse malfeitor, não o teríamos  entregue a ti”. Disse então Pilatos: “Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.” Responderam-lhe os judeus: “Não nos é permitido matar ninguém” (Jo 18, 28-31). /...e puseram-se a acusá-lo: “Temos encontrado este homem excitando o povo à revolta, proibindo pagar imposto ao imperador e dizendo-se Messias e rei” (Lc 23, 2).

Os membros do Sinédrio trazem Jesus de manhã cedo (hora primeira / 7 horas da manhã). Mas eles (acusadores) não entraram na fortaleza Antônia, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. Conforme Flavio Josefo, a Lei era bem rígida com relação à Purificação, observe esse trecho: “Antes de oferecermos os sacrifícios (Templo), a lei nos obriga a purificarmos, separando-nos por alguns dias da companhia de nossas esposas, e observando outras coisas que demoraria a serem enumeradas” (2005, p. 273). Vale lembrar também, que Jesus não foi trazido acorrentado como aborda o filme: Paixão de Cristo de Mel Gilson. Mas, como relata o Evangelho de Marcos, amarrado por cordas.

2º ATO

Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: “Eis tu o rei dos judeus?” Jesus respondeu: “Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?” Disse Pilatos: “Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. que fizeste?” Respondeu Jesus: “O meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.” Disse-lhe Pilatos: “Que é a verdade?...” (Jo 18, 33-38).

Vale lembrar aí, que o diálogo do prefeito Pilatos com Jesus, aconteceu dentro do recinto da fortaleza Antônia. Enquanto isto, os seus acusadores judeus ficaram do lado de fora, próximo da escadaria, esperando a sentença da Jurisprudência Romana.

3º ATO

Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes: “Não acho nele crime algum (Jo 18, 38). Mas eles insistiam fortemente: “Ele revoluciona o povo ensinando por toda a Judéia, a começar da Galiléia até aqui.” A estas palavras, Pilatos perguntou se ele era Galileu. E, quando soube que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, pois justamente naqueles dias se achava em Jerusalém. Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo desejava vê-lo por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar algum milagre operado por ele. Dirigiu-lhe muitas perguntas, mas Jesus nada respondeu. Ali estavam os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-o com violência. Herodes, com a sua guarda, tratou-o com desprezo, escarneceu dele, mandou revesti-lo de uma túnica branca (Lc 23, 5-11) A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura (Jo 19, 23). E reenviou a Pilatos. Naquele mesmo dia, Pilatos e Herodes fizeram as pazes, pois antes eram inimigos um do outro (Lc 23, 12).

Nesse trecho, Pilatos retorna para fora da fortaleza Antônia, e foi ter com os acusadores de Jesus. E a partir daí, ele descobre que o Acusado pertencia à Jurisdição de Herodes Antipas, tetrarca da Província da Galileia. O interessante aí, que Herodes se encontrava em Jerusalém, por causa da festa da Páscoa, hospedado com sua comitiva na segunda fortaleza do palácio real que foi mencionado por Flavio Josefo. Outro ponto a ser analisado, é quando tetrarca Herodes mandou revestir Jesus com uma túnica branca, vestimenta esta, que foi sorteada na cena da crucificação, que o evangelista João descreve que era uma túnica toda tecida de alto a baixo, não tinha costura.

4º ATO

Pilatos mandou então flagelar Jesus (Jo 19, 1). Os soldados do governador conduziram Jesus para o Pretório e rodearam-no com todo o pelotão. Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate. Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: “Salve, rei dos judeus!” Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça (Mt 27, 27-30). “Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam a barba; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam” (Is 50, 6).

Flagelação na Lei Judaica:

Na flagelação da Judaica, a lei permitia que o réu apanhasse 39 chibatadas com varas. Vejamos alguns trechos bíblicos referente às chibatadas:
·         “... se o culpado merecer ser açoitado, o juiz fá-lo-á deitar por terra e o fará açoitar... Não se poderá ultrapassar o número de quarenta(Deut 25, 2-3).
·          “Os magistrados mandaram arrancar-lhes as vestes para açoitá-los com varas(Atos 16,22).
·         Paulo relatou-o, dizendo: “recebi dos judeus os quarenta açoites menos um(II Cor 11,24).

Visões Místicas do Santos Católicos:

Importante frisar ainda que muitas profecias de alguns santos místicos da Igreja Católica também contribuíram para o relato do sofrimento de Jesus Cristo. Vejamos agora, alguns dessas profecias Santos Católicos:  

1.      Faustina escreveu-lhe: “Vi Nosso Senhor amarrado ao tronco e logo sobreveio a flagelação. Vi quatro homens que se revezavam a açoitar o Senhor com azorrague... Jesus se calava e olhava para o longe... Cerrava os olhos em um gemido surdo” (Diário da Santa Faustina, caderno I, 445,P. 149).
2.      O mesmo foi revelado à S. Brígida pela Santíssima Virgem: “Eu, que estava presente, vi seu corpo flagelado até as costas, de modo que eram visíveis suas costelas. E o mais doloroso era que, ao retraírem-se, os azorragues vinham com pedaços de carne” (Lib. I revel., c. 10).

Santo Sudário:

Outra importante fonte de investigação é a Impressão Tridimensional do Tecido do Santo Sudário. Quanto mais se estuda o Sudário e quanto mais pesquisa, mais se confirma a sua veracidade histórica.
·         “O Homem do Santo Sudário foi coroado de espinhos, com uma coroa feita para ser um verdadeiro suplício; como a um capacete que cobria toda nuca” (PRENEY, 1998, p. 40).
·         “O Homem do Santo Sudário apresenta um golpe sobre o nariz e o pômulo direito, afundando o primeiro e provocando um hematoma no segundo” (PRENEY, 1998, p.37).

5º ATO

Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: “Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação.” Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: “Eis o homem!” Quando os pontífices e os guardas o viram, gritaram: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Falou-lhes Pilatos: Tomai-o vós e crucificai-o pois eu não acho nele culpa alguma.” Responderam-lhe os judeus: “Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se declarou filho de Deus.” Estas palavras impressionaram Pilatos. (Jo 19, 4-8).

6º ATO

Entrou novamente no pretório e perguntou a Jesus: “Donde és tu?” Mas Jesus não lhe respondeu. Pilatos então lhe disse: “Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder de soltar e para te crucificar?” Respondeu Jesus: “Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, que me entregou a ti tem pecado maior.” Desde então Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam: “Se soltares, não és amigo do imperador, porque todo o que se faz rei se declara contra o imperador.” (Jo 19, 9-12)

7º ATO

Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Lajeado, em hebraico Gábata. Pilatos disse aos judeus: “Eis o vosso rei!” Mas eles clamaram: “Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o!” Pilatos perguntou-lhes: “Hei de crucificar o vosso rei?” Os sumos sacerdotes responderam: “Não temos outro rei senão César!” (Jo 19, 13-15). Era costume que o governador soltasse um preso a pedido do povo em cada festa de Páscoa. Ora, havia naquela ocasião um prisioneiro famoso, chamado Barrábas. [Este homem fora lançado ao cárcere devido a uma revolta levantada na cidade, por causa de homicídio.] (Lc 23, 19). Que fora preso com seus cúmplices (Mc 15, 7). Pilatos dirigiu-se ao povo reunido: “Qual quereis que vos solte: Barrábas ou Jesus, que se chama Cristo?” (Ele sabia que tinham entregado Jesus por inveja.) Enquanto estava sentado no tribunal, sua mulher lhe mandou dizer: “Nada faças a esse justo. Fui hoje atormentada, por um sonho que lhe diz respeito.” Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo que pedisse a libertação de Barrábas e fizesse morrer Jesus. Governador tomou então a palavra: “Qual dos dois quereis que eu vos solte?” Responderam: “Barrábas!” Pilatos perguntou: Que farei então de Jesus, que é chamado o Cristo?” Todos responderam: “Seja crucificado!” O governador tornou a perguntar: “Mas que mal fez ele?” E gritaram ainda mais forte: “Seja crucificado!” Pilatos viu que nada adiantava, mas que, ao contrário, o tumulto crescia. Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse: “Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco!” E todo o povo respondeu: “Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!”(Mt 26, 17-25) Pilatos pronunciou então a sentença que lhes satisfazia o desejo. Soltou-lhes aquele que eles reclamavam e que havia sido lançado ao cárcere por causa do homicídio e da revolta, e entregou à vontade deles (Lc 23, 24-25). (...) tiraram-lhe o manto e entregaram-lhe as vestes. Em seguida, levaram-no para o crucificar (Mt27, 31). Pilatos redigiu também uma inscrição (...) Nela estava escrito: “Jesus de Nazaré, rei dos judeus” (...) redigida em hebraico, em latim e em grego (Jo 19, 19-20).

Aqui, o Prefeito Pilatos sentou-se no Tribunal que ficava no andar de cima da fortaleza Antônia. Enquanto isso, Jesus e Barrabás ficaram posicionados nos degraus; e a multidão permaneceu próximo da escadaria e vociferavam cada vez mais. E Pilatos dar a Sentença Judicial, redigida nestes termos penais romanos: “Jesus de Nazaré, rei dos Judeus”.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BÍBLIA SAGRADA AVE MARIA. 29ª Ed. São Paulo: editora Ave Maria, 2001.
JOSEPHUS, Flávius. Seleções Josephus/Flávius Josephus. São Paulo: Madras, 2005.
PRENEY, Julio Marvizón. O Santo Sudário. Milagrosa Falsificação? Trad. Magda Lopes. São Paulo: Mercuryo, 1998.
ZUGÍBE, Frederick T. A crucificação de Jesus. Trad. Paulo Cavalcanti. São Paulo: Idéia & Ação, 2008.
KOWALSKA, Santa M. Faustina. Diário. A Misericóridia Divina na minha alma. Trad. Mariano Kawka. Curitiba: Congregação dos Padres Marianos, 1995