ESTUDO BIBLÍCO

DIA DE FINADOS

O dia de Finados só começou a ser celebrado a partir do ano 998 d.C. Foi introduzido por Santo Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem pelos mortos. Quatro séculos depois, o Papa Gregório III adotou o dia 2 de novembro como o dia dos mortos.

Os evangélicos em geral, afirmam que a doutrina da Igreja Católica, que recomenda a oração pelos falecidos, é desprovida de fundamento bíblico. Contudo, quando lemos a passagem bíblica de II Macabeus, percebemos uma total importância de rezarmos, e fazer sacrifícios expiatórios pelos mortos. Vejamos a citação:

Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas. (II Macabeus 12, 43-46).

Na cultura Judaica, a forma de fazer sacrifícios expiatórios, era apresentar vítimas (carneiros, bois, etc) para imolação no Templo de Jerusalém. Já, no ensinamento Católico, a melhor forma de fazer sacrifícios expiatórios é oferece Missas para os entes-querido. Não devemos esquecer que a Missa é o Grande Sacrifício (porque celebramos a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo).

Outra polêmica a ser discutida, é quando pessoas não-católicas costumam dizer que os mortos dormem. E por está dormindo (sepultado) a alma não pode ir para Céu, Purgatório e Inferno. Primeiro, devemos entender quem dorme é o corpo (matéria), mas a alma (espírito) deverá passar pelo Juízo Particular. Mas o que a Bíblia fala a respeito disso? Na Parábola do rico e do pobre Lázaro, percebemos que os dois personagens morrem, um vai para paraíso, e outro para o lugar de tormentos. Detalhe, o episódio bíblico não aborda sobre o Juízo Final, porque o rico invoca pela intercessão de Abraão (também falecido) para ressuscitar o pobre Lázaro, e que esse avisasse aos seus familiares vivos (seu pai e os cinco irmãos). Assim, podemos afirmar que as almas dos que morreram estão conscientes e em um lugar, como podemos ver no Evangelho de Lucas capítulo 16, versículos de 27 a 30.

 “O rico disse: Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos. Abraão respondeu: Eles lá tem Moisés e os profetas; ouçam-nos! O rico replicou: Não pai Abraão; mas, se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão”

Allano Augusto

Membro do GO Vida Nova-RCC